O apoio fanático dos adeptos do AEL Limassol faz com que a equipa seja «empurrada» para conquistar um título a fugir há mais de 40 anos. Hugo Sousa explica ao Maisfutebol. «Na cidade só se fala de nós, temos os melhores adeptos do Chipre». Silas concorda e até compara a falange de apoio com a de um clube português.

«Fazem-me lembrar os adeptos do Vitória de Guimarães. Vivem muito o clube e os resultados, são muito intensos.»

Sete portugueses sem inveja do APOEL

Para os dois jogadores, a adaptação foi facilitada pelo número de portugueses presentes. «O grupo é muito unido e ajudamo-nos uns aos outros», afirma Hugo Sousa. A preparação desta época também foi feita de outra forma. «Com mais cabeça e mais portugueses, houve uma mudança de mentalidade. Atualmente o clube é mais profissional», refere Silas, satisfeito com o rumo do clube e com vontade de ser campeão.

O ex-jogador de Belenenses e U. Leiria acrescenta que o AEL pode seguir as pisadas do rival APOEL na Europa. «Depende da sorte. O futebol cipriota está a evoluir», vincou.

Ser campeão num país cada vez mais presente no mapa futebolístico da Europa é o objetivo dos dois. O ritmo lento e o jogo essencialmente físico fazem parte do dia a dia no campeonato. A chegada dos portugueses influenciou o paradigma e fez com que houvesse mais intensidade e pedidos para se regar a relva.

Hugo Sousa e o sonho de voltar ao F.C. Porto

Hugo Sousa cumpre a primeira época de sénior. Depois de uma má experiência na Roménia, ao serviço do FC Brasov, assinou pelo AEL em janeiro. A aprendizagem e o companheirismo têm marcado os primeiros tempos no Chipre, onde não sabe se quer ficar na próxima época.

«Sou muito jovem, e se tiver uma oportunidade para regressar a Portugal vou pensar», disse. Contudo, o sonho do futebolista de 19 anos é jogar nos seniores do F.C. Porto, onde fez toda a formação. Para já, Hugo Sousa vive um bom momento e estreou-se muito recentemente na seleção de sub-20 comandada por Ilídio Vale.

Para Silas, depois de uns seis meses iniciais complicados, a chegada de portugueses e do novo treinador «mudou mentalidades e o resultado está à vista». O médio de 35 anos termina o contrato esta época, mas pretende continuar a jogar.

Silas guarda recordações dos tempos do Belenenses. Nem todas boas. «Alertei para várias situações que não estavam bem no clube. E muitas vezes fui criticado.» Por concretizar ficou outro desiderato: «jogar na principal liga espanhola».