A comunidade portuguesa na África do Sul não vai poder ver de perto a selecção nacional quando a comitiva portuguesa aterrar, no domingo, em solo africano. Várias associações portuguesas em Joanesburgo preparam, há meses, iniciativas de manifestação de apoio a Portugal, mas tal não será possível, por razões de segurança.
O presidente da Associação de Motards Portugueses na África do Sul, João carreira, revelou esta sexta-feira, ao
Maisfutebol, que a comunidade portuguesa não vai poder manifestar o seu apoio, fora dos relvados, à selecção nacional. «Tínhamos preparado uma guarda de honra à selecção quando chegassem, no domingo. Íamos acompanha-los até Magaliesburgo com 200 motos, mas recebi a notícia, hoje de manhã, que tal não vai ser permitido. Lançaram o estado de segurança nível zero e ninguém vai poder estar perto da selecção», garantiu João Carreira.
Apesar do nível de segurança exigido não permitir manifestações de apoio à selecção, João Carreira revela que a comunidade portuguesa na África do Sul está ansiosa por ter a selecção portuguesa em território africano: «Somos um país muito ligado ao desporto e é uma honra ter Portugal aqui. Não vamos poder manifestar o apoio aqui em Joanesburgo, mas não é por isso que não vamos ganhar. A taça é nossa.»
Também a Academia Mãe na África do Sul tinha preparado uma manifestação de apoio à selecção nacional. Rudy Gallego, presidente da academia portuguesa, lamenta a situação em declarações ao
Maisfutebol: «As restrições são muito rígidas, isto está um caos, ninguém compreende. A comunidade portuguesa em Joanesburgo está muito triste por não poder manifestar o seu apoio à selecção nacional. Tínhamos preparado umas camionetas para ir ver a selecção a Magaliesburgo, mas assim já não vamos a lado nenhum», confessou Rudy Gallego.
A comitiva portuguesa parte este sábado para a África do Sul e prevê-se que chegue a Joanesburgo no domingo por volta das 11 horas, hora portuguesa.
Seleção
4 jun 2010, 16:04
África do Sul: segurança impede apoio dos portugueses à selecção
Várias manifestações previstas pela comunidade lusa ficam sem efeito
Jorge Franclim
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