O agente de futebol Pedro Pinho, que na noite de segunda-feira foi identificado por agressão a um repórter de imagem da TVI, após o Moreirense-FC Porto [ver vídeo], tem treze negócios com os dragões registados na Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

De acordo com a lista consultada, formalmente, desde 2017, o agente de jogadores aparece como intermediário em nome próprio em sete negócios. Desde logo, na transferência de Ricardo Pereira para o Leicester, em julho de 2018, que rendeu 20 milhões de euros aos dragões, mas também nas saídas de Saidy Janko para o Young Boys (Suíça), de Hyung-Jun Suk para o Troyes (França) e de Juan Fernando Quintero para o River Plate (Argentina).

Para além destes, registam-se com a intermediação do empresário as contratações pelos portistas do lateral João Pedro, do Bahia, e as assinaturas de contratos com o FC Porto por parte do defesa-central Levi Faustino e do avançado André Pereira.

Através das empresas PP Sports e N1 - Gestão de Carreiras Desportivos, Pedro Pinho intermediou mais seis negócios. No início da época, tratou da venda de Tiquinho Soares para os chineses do Tianjin Teda, além das renovações de Sérgio Oliveira e Chidozie, este último foi cedido e cujo passe foi posteriormente comprado pelo Boavista. Todas através da N1, que também foi responsável na época anterior pelo empréstimo com opção de compra, ao Zenit de São Petersburgo, do central venezuelano Yordán Osorio.

Já a PP Sports surge na base de dados da FPF como responsável nesta temporada da intermediação da vinda dos colombianos Yony Mosquera e Germán Meneses, que integraram a equipa B portista.

O único negócio em que Pedro Pinho está formalmente registado como intermediário e que não envolve o FC Porto é a assinatura de contrato do guarda-redes Tiago Sá com o Sp. Braga, ainda na época 2017/18. Além desse, refira-se, está também registada, igualmente em 2017/18, a renovação de contrato de André Pinto com o Sporting, intermediada pela Energy Soccer, antiga empresa em que Pedro Pinho era sócio de Alexandre Pinto da Costa, filho do presidente do FC Porto.

De acordo com o Regulamento de Intermediários, cabe à comissão criada pela FPF a «avaliação da idoneidade dos intermediários e um eventual cancelamento do registo», caso esta não se verifique, cabe também ao órgão federativo a «imposição de sanções disciplinares», que se pode estender a nível mundial, de acordo com o Código Disciplinar da FIFA.