Depois de conversados todos os temas relativos à Selecção AA, Scolari levantou-se da cadeira e foi a vez de Agostinho Oliveira se sentar na mesa da sala do auditório do Municipal de Aveiro. Pelo meio os dois trocaram um forte cumprimento, até que Agostinho falou então da selecção sub-21. Que em virtude da inexistência de uma congénere do Liechtenstein, apenas tem um jogo agendado para esta dupla jornada internacional, frente à Estónia, no dia 11 de Outubro, no estádio Municipal de Anadia.
Um jogo em que Agostinho Oliveira vai poder contar com grande parte das estrelas da equipa, à excepção apenas de Hugo Viana e Cristiano Ronaldo. O seleccionador fala por isso de dois grandes objectivos para este jogo, «o primeiro dos quais tem a ver com a estrutura base que vai ser apresentada nos play-offs». «Será uma estrutura muito próxima desta convocatória, atendendo a que a própria selecção principal estará em fase de amigáveis na altura dos play-offs, o que nos deixará todos os jogadores soltos».
No que acaba por ser uma novidade para Agostinho Oliveira, que pouco tem trabalhado com alguns expoentes da geração de jogadores que orienta. «Trabalhamos nas selecções nacionais com um pressuposto de comunicação bem assente», referiu. «A selecção AA tem a prioridade. Tem levado alguns jogadores importantes, mas ainda bem porque é sinal de que estamos a trabalhar bem. A realidade é esta, é uma realidade predadora, mas é com ela que trabalhamos e é com ela que devemos ajustar os planos de trabalho».
Depois falou-se do segundo objectivo que orienta a selecção para o jogo com a Letónia. «Tem a ver com a auto-estima de todos nós e que passa por uma qualificação sem derrotas e se possível só com vitórias», disse. «Não para sustentar os play-offs, porque nessa fase pouco interessa os pontos conquistados, mas sobretudo para reforçar a moral que esta selecção já tem e que com esse registo será bem maior quando chegar a altura de disputar nos play-offs um lugar no próximo Europeu da categoria».