O Al Ahly de Manuel José conquistou este sábado a Liga dos Campeões Africanos ao vencer o Etoile du Sahel, por 3-0, na segunda mão da final da prova disputada no Cairo.
Na primeira mão, realizada na Tunísia, o empate sem golos tinha deixado para o jogo de hoje a decisão do troféu, que decidiu também qual a equipa africana que estará representada no Mundial de Clubes da FIFA (em Dezembro).
Com mais esta brilhante conquista, Manuel José repete o feito de 2001, em que já tinha conseguido dar ao clube egípcio o mais importante troféu africano de clubes.
O Al Ahly surgiu nesta final como favorito e, depois do empate na Tunísia na primeira mão (apesar da incerteza de um 0-0), o jogo do Cairo era encarado pela maioria como o consagrar desse favoritismo dos egípcios.
Foi o que aconteceu. Com um golo na primeira parte e dois na segunda, o Al Ahly traçou a história de uma taça com vencedor anunciado.
O Etoile até começou melhor, a pressionar os egípcios e a jogar muito perto da área da equipa da casa. Mas uma «bomba» de Aboutraika acabou com as esperanças tunisinas aos 20 minutos. Um remate de fora da área não deu hipóteses de defesa a Ejide.
Logo no recomeço do jogo o Al Ahly podia ter marcado novamente, mas o intervalo acabou por chegar sem mais golos. Pouco após o início da segunda parte, no entanto, Hosni decidiu a partida aos 51 minutos. Um cruzamento bem medido de Waha na esquerda foi direitinho para Hosni, que só teve de cabecear para deixar Ejide de novo sem poder fazer o que quer que fosse.
Com o jogo decidido, o domínio do Al Ahly ainda se acentuou um pouco mais e as oportunidades criadas pela equipa de Manuel José para marcar ainda mais vezes só foram contrariadas pelo Etoile numa ocasião já perto do fim.
O Al Ahly é conhecido pela forma muito eficaz como defende, de que este 52.º jogo consecutivo sem perder é corolário, e os adeptos egípcios dedicaram os últimos minutos da partida a fazerem a festa no lotado Estádio Militar do Cairo.
Só que Barakat também quis ter o nome inscrito entre os protagonistas da festa e, já em tempo de descontos, recuperou uma bola para entrar na área do Etoile e ter um grande remate estabelecendo o 3-0 que corou o Al Ahly pela quarta vez como campeão africano de clubes.