Albiol defende que as críticas que têm sido dirigidas a Iker Casillas, nos últimos tempos, têm um propósito claro: prejudicar uma eventual «candidatura» do guarda-redes da seleção espanhola e do Real Madrid à Bola de Ouro.
«Quiçá seja isso que procuram, tirá-los dos favoritos à conquista da Bola de Ouro. Este tipo de coisas, de críticas, têm algum objetivo. Esta campanha que lhe estão a fazer pode ser um problema a menos para os que escolhem o vencedor da Bola de Ouro. É certo que é difícil ganhar um guarda-redes, mas se alguém o consegue é o Iker. Na época passada ganhou títulos com a seleção e com o Real. Fez uma grande temporada», acusa o defesa «merengue», em entrevista à agência EFE.
Albiol considera que seria justo «dar o prémio a Cristiano, Messi, Iker ou mesmo a Iniesta», mas entende também «um guarda-redes deve ter as mesmas possibilidades que um jogador de campo».
Embora seja pouco utilizado por José Mourinho, Albiol aceitou renovar contrato recentemente, e garante ter uma boa relação com o técnico português: «Não tenho nada contra ele. Para mim é um grande treinador, que está a fazer um bom trabalho. É exigente, está a conseguir títulos como em toda a carreira. Estou a aprender com ele. No futuro vou recordá-lo de forma positiva. Tenho o máximo de respeito por ele.»
O defesa encara com naturalidade o desentendimento entre Sergio Ramos e Mourinho, assim como o gesto posterior do compatriota, que usou uma camisola de Özil por baixa da sua, depois de o internacional alemão ter sido repreendido pelo técnico: «Dedicar um golo a uma pessoa que está a passar um mau momento não é uma afronta ao treinador. É uma ajuda mental para o Mesut, para que se sinta querido pela equipa e por um jogador que é o sub-capitão.»
Em relação à desvantagem de oito pontos para o Barcelona, na Liga espanhola, Albiol continua a ter fé no título: «Falta muito. Claro que é uma distância larga, mas isto muda se o Barcelona perde um jogo. Veres-te a cinco pontos muda tudo. Faltam muitos jogos e temos de ser positivos, sabendo que nós não podemos falhar, pois nesse caso torna-se impossível.»