Alcides vai ser um espectador atento do duelo entre Benfica e PSV, referente aos quartos-de-final da Liga Europa. O defesa brasileiro representou os dois clubes, por empréstimo do Chelsea, mas não hesita em revelar ao Maisfutebol a sua preferência. «O coração bate mais pelo Benfica», revela.

«É onde tenho mais amigos, e não só no plantel. Gostava que o Benfica ganhasse, embora não tenha nada contra o PSV», acrescenta o jogador do Dnipro (Ucrânia). «Gostava de estar lá a jogar, ou pelo menos a assistir», acrescenta.

Os plantéis de Benfica e PSV mudaram muito desde que Alcides saiu, mas o defesa brasileiro acredita que o Benfica «está mais forte, comparando o plantel e o desempenho no campeonato». «O PSV tem avançados rápidos, e o Luisão e o Sidnei devem ter atenção, mas não há propriamente um jogador que possa destruir a defesa», analisou.

Informado pelo Maisfutebol que o Benfica tinha sido derrotado em casa pelo F.C. Porto, revelando-se incapaz de evitar que o rival festejasse o título na Luz, Alcides destacou a importância de ter uma motivação diferente. «Agora têm de concentrar-se na Liga Europa. Têm de levantar a cabeça neste momento triste», defendeu.

Jogador do Benfica durante duas épocas e meia, Alcides guarda duas memórias bem vivas da passagem pelo emblema português: «O momento mais bonito foi a conquista da Taça de Portugal, no Estádio Nacional. Nunca vi tantos adeptos na rua. Recordo também o ritual da águia Vitória, que era muito bonito. O estádio ficava todo em silêncio. Nem um telemóvel se ouvia», disse o brasileiro, antes de ficar a saber que esse cerimonial foi interrompido.

Pouco utilizado por Fernando Santos na época 2006/07, Alcides acabou por rumar ao PSV a meio dessa temporada, reencontrando o técnico Ronald Koeman, que se tinha revelado apreciar das suas qualidades durante a passagem pelo Benfica. «Custou bastante sair. Já estava há algum tempo no clube. Tive algumas lesões. Foi doloroso sair. Gostava de voltar, e reencontrar o Luisão e outros amigos. A massa associativa é impressionante. Até nos jogos da Liga dos Campeões, disputados no estrangeiro, tínhamos mais adeptos que o adversário», recorda, com um sorriso na voz.