A UEFA enviou uma carta ao presidente da FIFA, Gianni Infantino, na qual pede que a regra de mão na bola seja revista e volte a permitir que os árbitros avaliem se um jogador jogou com a mão de forma intencional.

O organismo que tutela o futebol europeu quer dar mais flexibilidade aos árbitros e evitar que os jogadores sejam punidos de forma injusta, isto depois de uma série de grandes penalidades que têm sido assinaladas por movimentos involuntários dos atletas.

«É necessário definir estritamente os casos em que a mão na bola é falta. Têm acontecido muitas decisões injustas que foram recebidas com crescente frustração e desconforto pela comunidade do futebol», escreveu o presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, numa carta datada em 27 de outubro.

«A bola atingir as mãos ou os braços dos jogadores é algo que acontece com bastante frequência e, por ser algo que em grande parte das vezes é inevitável, não deve ser punido de forma excessiva. Atualmente, essa situação está a decidir os resultados dos jogos»,lê-se ainda. 

Ceferin vai mais além, fala em «efeitos paranóicos e resultados controversos», e assume que «o uso de VAR em muitas competições simplesmente exacerbou o problema».

A lei de mão na bola foi revista em março de 2019, na reunião anual do International Football Association Board, que coincidiu com a introdução de VAR em várias competições. Apesar de organizar algumas das competições mais importantes, a UEFA não tem poder para alterar as leis do jogo, já que o IFAB é controlado pela FIFA e pelas quatro associações britânicas da Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte.