Os jogos deste sábado relativos à Taça da Alemanha foram pontuados por alguns incidentes que nada têm a ver com desporto. Um deles teve como protagonista o internacional alemão de origem ganesa, Gerald Asamoah, que se queixou de sistemáticos insultos racistas por parte dos adeptos do Rostock, no decorrer da goleada (9-1) que a sua equipa, o Schalke, impôs ao clube do Leste alemão. Asamoah, que marcou dois golos, não escondeu os lamentos no final da partida: «Pensava que as coisas tinham mudado, mas o que aconteceu magoou-me muito. Asamoah continua a fazer parte das opções da selecção alemã e não escondeu a inquietação pelo facto de os insultos poderem repetir-se por ocasião do jogo entre a Alemanha e a Geórgia, marcado precisamente para a cidade de Rostock.
O técnico do Schalke chegou a propor a substituição a Asamoah, mas o jogador escusou-se a sair de campo, para marcar a sua posição perante os adeptos. Recorde-se que a UEFA tem vindo a desenvolver variadas campanhas de combate ao racismo nos relvados, mas os incidentes continuam a suceder com frequência, particularmente na Alemanha.
Entretanto, outro incidente extradesportivo ficou a marcar a eliminação do Werder Bremen diante dos amadores do Pirmasens: o avançado Miroslav Klose, colega de Hugo Almeida no ataque do Werder, poderá ser punido com uma longa suspensão pela Federação alemã, depois de as imagens de vídeo o mostrarem a agredir um adversário, Sebastien Reich, com uma joelhada no baixo-ventre durante o jogo.
No final do jogo, Klose reconheceu o gesto e pediu desculpa pelo descontrolo emocional, mas nem assim poderá evitar a intervenção disciplinar da federação, se esta decidir abrir um processo.