Joachim Low despediu-se esta terça-feira da seleção: após quinze anos a trabalhar na Federação Alemã, o treinador confessou que sente o coração apertado, sobretudo por sair desta forma, após ser eliminado nos oitavos de final de uma competição, frente a um grande rival como é a Inglaterra.

«Ao longo destes 15 anos muitas coisas boas nos aconteceram. Crescemos como equipa e pudemos formar uma seleção jovem que venceu o Mundial. Existem laços muito fortes, mas também houve problemas. O que vai ficar são todos os momentos, todas as vitórias, todas as derrotas e todas as lições que aprendi com aqueles que me rodearam», começou por dizer.

«Agora, no presente, o que resta é a deceção, e não é algo que vão ser esquecido rapidamente. Quero agradecer a todos que passaram pela seleção ao longo destes quinze anos.»

Recorde-se que, depois de vencer o Mundial 2014 e de chegar às meias-finais do Euro 2016, a Alemanha somou deceções no Mundial 2018 (não passou da fase de grupos) e no Euro 2020 (afastado nos oitavos de final). Por isso Joachim Low diz que já devia ter saído mais cedo.

«Estamos eliminados, é uma deceção, mas com todas as dificuldades que tivemos, só posso dizer que aprendi muitas coisas. Não acho que me vá tornar um pensionista. Preciso de respirar, sim, de um pouco de distancia, é normal que eu não queira já um projeto novo, mas vou aproveitar o tempo. Vai haver novas oportunidades e isso vai ser bom para mim.»

Joacim Low deixa, de resto, todas as possibilidades em aberto para o futuro, mas diz que nesta altura o mais provável é que opte por parar e descansar.

«Ainda não tomei uma decisão, vou fê-lo nos próximos dias, mas talvez, passados ​​15 anos, me faça bem dar um passo atrás. Vai ajudar-me a melhorar, mas o futuro dirá. Logo veremos.»