O ex-jogador e internacional pela Alemanha, Steffan Effenberg, condenou esta quarta-feira o encontro de Mesut Özil e Ilkay Gündogan, jogadores de origem turca, com o presidente da Turquia, Recep Erdogan e pediu a expulsão de ambos da equipa do Mundial 2018.

«Quando apostas em valores como os que a federação alemã transmite, a única decisão que te cabe é prescindir dos dois jogadores. Não vejo uma linha definida», defendeu o técnico de 49 anos, em entrevista ao portal T-Online.

Effenberg apontou ao encontro de Özil e Gündogan com o edil, cujas fotografias foram usadas na campanha eleitoral de Erdogan.

O técnico de 49 anos acusa a federação alemã de falta de conformidade com o seu próprio caso: em 1994, Effenberg foi excluído da seleção durante o Mundial dos Estados Unidos, por um gesto obsceno dirigido aos adeptos alemães, durante o encontro entre Alemanha e Coreia do Sul, em Dallas.

Após o encontro dos jogadores com Erdogan, a 14 de maio, ambos foram recebidos pelo presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, para apaziguar os ânimos, cinco dias depois.

Apesar de mostrar desagrado, Effenberg refere que é hora de apoiar. «Não vai ser fácil para os dois. Agora vão criticá-los por factos alheios ao futebol», referiu, questionando a questão de representar Alemanha.

«Vale a pena vestir esta camisola? Quanto vai durar? É uma questão de um jogo ou mais» É dramático», atirou.