Luís Figo promoveu esta segunda-feira, no Estádio do Algarve, mais um encontro de «AllStars». Estrelas portuguesas contra estrelas estrangeiras, embora os respectivos elencos tenham ficado, este ano, muito desfalcados devido ao Campeonato da Europa. Ronaldo, Zidane, Beckham, Henry não estiveram, Maniche, Fernando Couto, Rui Costa, Jorge Andrade e Postiga foram os representantes da Selecção Nacional. Ricardo deu um pontapé na bola e foi logo substituído e os jogadores do Benfica não tiveram autorização para jogar. Mesmo assim, o importante era a caridade e o espectáculo para as bancadas. Missão cumprida.
Como bom anfitrião, Figo fez as primeiras delícias. O primeiro golo chegou de um passe de Rui Costa. A Fundação Luís Figo (ou selecção Internacional, se preferir) ganhava vantagem. Os «portugueses» reagiram com um golo bonito de Evandro e chegou-se ao intervalo. Depois, apareceu Dani. Lembram-se? O antigo médio de Sporting, Benfica, Ajax, West Ham e Atlético Madrid. Uma época sem jogar e dois golos no regresso (pelo meio, muita classe). Um com a sorte de várias tabelas, outro com o pé direito, fazendo as delícias dos presentes. Um dos mais promissores futebolistas portugueses de todos os tempos, já «reformado» por razões que só ele conhece, mostrou que o seu futuro podia ter sido de maior glória. Os minutos seguintes foram pautados pela irreverência de Gascoigne, pela saúde de Bobby Charlton - carrasco de Portugal no Mundial de 1966 -, pela disponibilidade de Hassan, pelas dificuldades de McCoist e pela vivacidade de Dimas. Todos recuperados para a relva do Algarve.
De 3-1 passou-se para 3-3 no último minuto. Primeiro, com a genialidade de Joaquin, depois com a força mental de «Gazza». O público agradecia mesmo que resultado não interessasse para nada. Figo, que jogara 33 minutos, deu autógrafos durante quase todo o tempo que passou no banco. Rui Costa e Fernando Couto conversavam. As bancadas organizaram a hola, aplaudiram e mataram saudades do futebol puro, sem excessivos defensivos, enquanto a época não regressa.
Sim, Schumacher, o único dos presentes que gosta mais de asfalto do que de relva, jogou! Não marcou, mas ainda atirou uma bola ao poste da baliza de Hilário. Há hipótese de convencer o alemão a ficar um pouco pelos relvados para que a Fórmula 1 fique mais competitiva?