Um namoro de um ano que terminou em casamento. Aloísio vai ser o diretor desportivo do Gil Vicente, depois de um longo processo negocial que não foi difícil e apenas esperou a melhor altura para ser concluído.

Encontrar uma pessoa para uma posição que não existe atualmente na hierarquia do clube era um velho desejo de António Fiúsa. Através de um amigo comum iniciaram contactos que agora chegam a um final feliz. Aloísio, em conversa com o Maisfutebol não esconde que desejava muito voltar a trabalhar em Portugal.

«Foi um dos motivos que pesou na minha decisão. Tenho cá dois filhos e queria estar perto deles. E depois foi o projeto Gil Vicente. O clube, a estrutura, a equipa. Pareceu-me um projeto vencedor», explicou.

Aloísio exercia funções semelhantes no Porto Alegre, clube que disputa o campeonato gaúcho. «Agora é um nível muito superior», admite. «Quero crescer juntamente com a equipa», continua.

Em relação aos objetivos traçados, o ex-jogador do F.C. Porto levanta um pouco o véu: «Quero passar a minha experiência para os atletas. O presidente pediu-me para fazer a ponte entre a direção e a equipa técnica. Depois pretendemos projetar o clube a nível nacional e colocar o Gil numa competição europeia em três, quatro anos.»

«Fiúsa sabe bem o que quer»

Esta terça-feira foi uma espécie de dia zero para Aloísio. «Ainda só falei com o presidente», revela. «Na quinta-feira vou conhecer as pessoas do clube e a equipa. Fico cá até ao final do mês e depois regresso ao Brasil para preparar a vinda definitiva. Depois é começar a trabalhar na próxima época. Há muitas coisas para ver: contratações, renovações, saídas...Para já não sei nada», atira, entre risos, projetando perguntas sobre o assédio que alguns jogadores do plantel têm sofrido nos últimos tempos.

Sobre Paulo Alves, Aloísio lembra que é uma pessoa «conhecedora da casa» e tem feito «um grande trabalho». «Acompanhei a equipa este ano. Está a fazer uma grande época», afirma.

Mais Gil Vicente

O discurso não muda muito quando se fala na futura relação com o presidente. «Acho que vai ser fácil trabalhar com o António Fiúsa. Talvez passe a imagem de ser uma pessoa complicada, mas pelo que tenho visto não é nada disso. Tem a mente muito aberta, é inteligentíssimo e sabe muito bem o que quer», assegura.

«Tinha bastantes saudades de Portugal. Estava há três anos e meio no Brasil, mas aqui tenho muitos amigos e sinto-me muito bem. E também já tinha saudades do ambiente do futebol aqui», completa.