Já fez LIKE no MaisFutebol?
Desce  |  

Sporting: é isto uma época desastrosa, não é?

O pior que pode acontecer ao clube é deixar passar tudo sem consequências

O Sporting ficou de fora do pódio: o que já não acontecia desde os tempos de Godinho Lopes. Sintomático, não é? O mais trágico é que nem sequer é surpreendente.

Sendo o mais honesto possível, não tenho memória do Sporting ter um plantel tão fraco. A diferença de valores individuais no onze, ontem no dérbi, era brutal, mas o pior foi quando os treinadores tiveram que recorrer ao banco: Veríssimo lançou o melhor marcador do campeonato, Ruben Amorim foi buscar um miúdo de 18 anos com menos de 200 minutos na primeira divisão.

PUB

O Sporting entrou em campo, de resto, com três juniores e com seis jogadores menores de 22 anos. Num dérbi com o Benfica, que o Sporting precisava de vencer, é realmente revelador.

Tinha de ser assim? Não, não tinha.

Basta olhar para os relatórios e contas para perceber que não tinha. O Sporting, de Frederico Varandas, gastou no último ano e meio mais de 43 milhões de euros.

O que inclui, por exemplo, 7.8 milhões por Vietto, 5.6 milhões por Rafael Camacho, 5.2 milhões por Rosier (mais Mama Baldé, que cumpriu 28 jogos e fez seis golos na Liga Francesa), 4.3 milhões por Idrissa Doumbia e 3.5 milhões por Borja.

Tudo junto, lá está, são mais de 43 milhões de euros em três mercados de transferências, o que é um valor relevante (sobretudo para um clube em crise) e que obrigava a ter outro tipo de soluções.

Mas há mais: o Sporting contratou sete jogadores no início desta época e nenhum acabou a Liga a titular (Luís Neto não conta, só entrou porque Coates se lesionou no aquecimento).

PUB

Repete-se, sete reforços contratados no verão, nenhum acabou a titular.

Infelizmente para o Sporting, a política desportiva do clube tem sido desastrosa. Más contratações, enfraquecimento do plantel e quatro (sim, quatro!) treinadores numa temporada apenas.

Foi tudo mal feito, portanto.

O quarto lugar só pode por isso surpreender os mais distraídos. A verdade é que não se vê um rumo no Sporting, e também não se encontra talento na gestão desportiva.

Os resultados desportivos são apenas consequência natural das más políticas.

No fim, e isto é que nesta altura interessa, era importante pelo menos haver consequências. O pior para o Sporting é voltar a considerar que uma época destas é normal, que correu mal, paciência.

Não, não pode ser normal.

VÍDEO MAIS VISTO

Veja Mais

Últimas Notícias

APP MAISFUTEBOL

O MAISFUTEBOL na palma da sua mão!

Não falhe um golo, uma transferência ou uma notícia com a nossa aplicação GRATUITA para smartphone!