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F.C. Porto-Olhanense: um tal de Jorge Jesus num jogo com 35 anos

Técnico do Benfica pisou a relva das Antas na época 1974/75

Pedro Jorge da Cunha

Os arquivos do planeta-futebol estão recheados de tesouros perdidos. Abafados pelo pó dos tempos, enterrados descuidadamente, esquecidos num canto esconso. Mas o Maisfutebol gosta de vasculhar o baú das memórias. E tanto vasculhou que encontrou a última equipa do Olhanense que jogou no estádio do F.C. Porto. 1974/75. Os algarvios perderam 4-1 e foram despromovidos. Nessa equipa dos leões de Olhão estava, nem mais nem menos, do que Jorge Jesus. Isso mesmo, o senhor que treina hoje em dia o Benfica. Há 35 anos era um médio de pouco adestro com a bola e demasiada têmpera, como recorda Rui Lopes ao nosso jornal. «Já era um líder. Mais do que qualquer outro ele conseguia interpretar dentro do campo aquilo que o treinador, o Manuel Oliveira, queria», lembra o ex-colega e antigo treinador-adjunto de Jorge Jesus em equipas como o Amora e o Felgueiras. «Hoje quem faz três dribles já é jogador»«Era a extensão o senhor Oliveira em campo. Durante a semana já pensava no jogo, na forma como a equipa devia jogar. Os outros jogadores só queriam jogar, chutar a bola. Ele não. Por norma, na altura, não se gostava muito de treinar e ele chamava a atenção para isso. Era um amante do treino. Tinha aquele espírito enérgico que hoje se conhece. Isso não vem de agora, já tinha quando era jogador.» Rui Lopes teve um percurso interessante no futebol português. Além do Olhanense, representou também o V. Guimarães, o Benfica (entre 1977 e 1979), o Marítimo e o V. Setúbal. A amizade com Jorge Jesus mantém-se até aos dias de hoje, tal como a admiração. «O valor dele como treinador está agora a ser reconhecido. Para mim não é surpresa nenhuma. Se há alguém que o conhece sou eu e só estranhei este salto na carreira acontecer tão tarde», afirma Rui Lopes, convicto do «grande sucesso» de Jesus no futuro. Cubillas, Jesus e um central parricidaA memória não atraiçoa o antigo avançado. Rui Lopes lembra-se perfeitamente de entrar nas Antas e «ver o estádio cheio». «Discutimos o jogo taco a taco com o F.C. Porto, que já era uma equipa forte naquela altura. Aliás, o F.C. Porto sempre foi forte, mas na época devia ser a melhor equipa a seguir ao Benfica. Entregámo-nos demasiado ao jogo e, se calhar por isso, perdemos 4-1.» No F.C. Porto pontificava o lendário Teófilo Cubillas, bem acompanhado por um artista da bola chamado António Oliveira e por um jovem chamado Fernando Gomes. Mas o Olhanense também estava bem servido. «O Jesus era um médio muito competente. Tínhamos também o Guaraci que era um central forte e muito bom. Só que nos jogos grandes ficava meigo. Contra as restantes equipas era muito duro, nós dizíamos que batia até no pai se fosse preciso. Mas contra os grandes preocupava-se mais em tirar fotos e em conversar com os craques», diz Rui Lopes.

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