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Hanuch, o roubo ao Benfica e Cristiano Ronaldo aos 14 anos

Argentino recorda a carreira no Sporting e espera regressar em breve

Mauricio Hanuch venceu o jogo mais importante da sua vida. Os dois rins pararam de funcionar, aos 34 anos. Um transplante da irmã mais velha devolveu-lhe a esperança e o sorriso. Feliz, revigorado, o argentino perdeu meia-hora do seu tempo, aquele que lhe tentou fugir, para falar com o Maisfutebol sobre passado e futuro. 1999. O Turco brilhava com a camisola do Independiente. Jupp Heynckes, novo treinador do Benfica, não perdeu tempo. Entrou no avião para constatar o que lhe chegara aos ouvidos. Havia craque por ali. «Cheguei a ter tudo acertado com o Benfica, mas o clube tinha problemas financeiros, na altura. Houve confusão com as comissões e o Sporting, até para dizer que me roubou ao Benfica, avançou de imediato. E lá fui eu», recorda, rebobinando o filme. O Sporting iniciava a época com Mirko Jozic, que avalizara a sua contratação. Hanuch chegou, deu os primeiros passos em Lisboa, sentia-se realizado. Tinha 22 anos e uma mala cheia de sonhos. «Chegou Materazzi e não contava comigo. Desesperei. Estava num excelente momento, compraram-me mas não me punham a jogar. Aguentei, porque o contrato era bom», desabafa.Cristiano Ronaldo e Quaresma pela janela «Depois veio Inácio, grande treinador. Com ele, joguei mais.» E foi campeão. Completou 11 jogos, poucos como titular. Golos, zero! Festejou um título que mal era dele e despediu-se com saudades: «Fui bem tratado por todos, não me posso queixar. Os adeptos que iam aos treinos, como nunca tinha visto na Argentina, acarinhavam-se. Foi pena.» Regressou à Argentina mas o seu tempo em Portugal não terminara. Nova tentativa, agora no Santa Clara. Nove jogos, um golo. O sonho esfumara-se. Nos Açores, «num clube pequeno mas cheio de gente boa», estreitou laços com o espanhol Toñito. A amizade mantém-se. Juntos, descobriram um adolescente sem igual. «Quando estava no Sporting, o director Carlos Freitas falava-nos muito de um miúdo de 14 anos. Dizia-nos que ia ser um grande craque. Certo dia, fomos vê-lo e ficámos maravilhados. Quem era? Cristiano Ronaldo. Mais tarde, quando estive lesionado e andava a fazer tratamento, passava horas no ginásio, a olhar pela janela, vendo ele e o Quaresma a brilhar nos treinos. Que dupla!», frisa Hanuch.As lesões, os rins e o regresso ao futebol Maurício Hanuch jamais correspondeu às expectativas. Em 2002/03, rumou ao Badajoz, regressando a Alcochete num ápice, para debelar a tal lesão inoportuna nos ligamentos cruzados do joelho direito. Saiu no final dessa época, sem glória, um título de campeão para o qual pouco contribuira. Passou pela Argentina, pelo Brasil, pela Albânia. Despediu-se aos 31 anos, já com sinais dos rins que lhe iriam falhar. Agora, suspira por uma visita a Portugal. «É impressionante. Quando fui, pouco se conhecia do campeonato português. Agora, seguem todas as semanas, sobretudo por causa de F.C. Porto e Benfica. O Porto tem Otamendi, Falcao, comprou agora Iturbe. Há grandes talentos aqui. O meu Sporting é que não está bem, tenho visto», lamenta o argentino. Quando passar por cá, anuncia o antigo médio, trará uma mão cheia de promessas. «No futuro, posso ser treinador. Para já, estou a lançar jovens com outro ex-jogador, o Dario Silva (uruguaio). Mais perto do Verão, estaremos aí, para eu matar saudades e apresentar os craques. Fique à espera», avisa Hanuch, o flop que deixou de o ser, ao vencer a batalha pela sua vida.Lembra-se de Hanuch? Recorde-o aqui

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