A Liga das Nações: uma boa notícia
Opinião
Tirambaço: substantivo masculino; Chute violento em direção ao gol.
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A Liga das Nações confirmou o mau 2018 da Mannschaft e, imagine-se, mesmo sendo uma potência mundial, a Alemanha vai jogar uma segunda divisão. Dito assim, talvez tenha o devido impacto que a Liga das Nações, afinal, parece merecer.
Os jogos de seleções fora de fases finais são na maioria das vezes enfadonhos. Sobretudo quando a diferença qualitativa entre duas equipas é do tamanho de um continente ou nem sequer há um pingo de rivalidade patriótica, coisa que tanto alimenta as representações dos países em campo.
Ficando, nalguns casos, por resolver a segunda questão, a Liga das Nações soluciona pelo menos a primeira. O escalonamento em divisões permite que os jogos sejam mais equilibrados e o sistema de subida e descida põe muita gente a jogar finais em outubro/novembro.
Talvez ainda se pense pouco no play-off de qualificação para o Europeu ou das implicações que esta prova tem no apuramento, mas é uma questão de tempo e habituação para se assimilar que é igualmente relevante.
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Depois, esta primeira edição trouxe coisas incríveis.
San Marino não ganhou nenhum jogo, mas Gibraltar e o Liechtenstein sim. Há alegrias lá no fundo.
Na primeira divisão, até um jogador ficou admirado com a própria exibição: Seferovic marcou um improvável hat-trick – pé esquerdo, pé direito e cabeça. Perfeito.
Nesta terça-feira, entramos para o dia para saber se o Kosovo – quem nem país reconhecido por toda a Europa é – afinal tem mais estatuto do que se pensa. Improvável.
Em toda esta primeira fase não houve Cristiano Ronaldo. E mesmo assim, Portugal venceu o grupo, convenceu na maioria dos jogos e volta a organizar uma fase final de uma prova UEFA. Quem diria isto saído do Rússia 2018?
Com tanta incredibilidade, a Liga das Nações foi confusa no papel e pior ficou com a bola a rolar: a Alemanha desceu de divisão?!!
Tudo somado, uma boa notícia. A não ser para Joachim Low, que pode ver as coisas piorarem ainda.
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