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Euro 2020: o que fica do apuramento e o que aí vem

Com 20 seleções apuradas e quatro lugares que só ficarão definidos em março, a principal fase de qualificação terminou sem surpresas, mas com Portugal a partir de baixo para o sorteio. Teve recorde de golos e há várias estreias à vista

A corrida ao Euro 2020 está definida em boa parte, ainda que só fique fechada em março, quando se jogarem os play-off que apurarão as últimos quatro seleções presentes. A qualificação foi mais concentrada do que as anteriores, com a Liga das Nações pelo meio, e foi intensa. Marcaram-se golos como nunca e desta vez não houve grandes choques. As principais seleções do continente já têm lugar garantido no campeonato que se espalhará por 12 países e 12 cidades da Europa. Ainda que fique de fora um antigo campeão europeu, a Grécia, que nem ao play-off irá. O Maisfutebol olhou para o que fica da qualificação e para o que aí vem.

Olhando em frente, o sorteio da fase final, marcado para 30 de novembro, começará a definir melhor o cenário. E Portugal, que sofreu até ao fim e o segundo lugar no grupo, com uma derrota e dois empates, não parte da posição mais confortável. A hierarquia para o sorteio é definida apenas por esta qualificação, o que atirou a Seleção Nacional para o Pote 3.

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A constituição dos potes e os caminhos para os playoff

O que isso pode significar só ficará claro mais tarde. O facto é que Portugal se apurou e ao consegui-lo continuou a fazer parte de uma restrita elite de seleções que não falharam uma única fase final desde 2000: 11 presenças seguidas, tal como a Espanha, França e Alemanha. O campeão europeu vai defender o título, coisa que só uma equipa conseguiu: a Espanha, em 2012. A «Roja» divide com a Alemanha a liderança do palmarés em Europeus, ambas com três títulos. Mas ninguém tem regularidade da Alemanha, que desde 1972 não falha uma única fase final: são 13 consecutivas. Ou 14, se contarmos 2024, para o qual já está apurada como anfitriã. A segunda equipa com mais presenças em fases finais é curiosamente a Rússia, juntando as participações da União Soviética, um total de 12.

O palmarés das 20 seleções já apuradas

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A primeira vez da Finlândia e uma mão cheia de estreias na mira

O Europeu é de resto um clube cada vez mais alargado e 2020 volta a ter estreias garantidas. Para já fez a festa a Finlândia, através da qualificação direta. A invasão de campo depois da vitória sobre o Liechtenstein dá a medida do que representa a proeza para aquele que foi o último país nórdico a conseguir chegar a uma fase final. Só aconteceu à 31ª tentativa. Liderada por Teemo Pukki, o goleador que se afirmou no Norwich e levou o instinto goleador para a seleção, a Finlândia ficou em segundo no grupo da Itália e atirou a Grécia para fora do Euro e a Bósnia para o play-off.

Agora vão 16 equipas aos play-off, na luta por quatro lugares e com mais estreias em perspetiva, uma abertura potenciada pelo alargamento do Europeu a 24 seleções. Em 2016, a primeira vez que assim foi, houve cinco estreantes: Albânia, Islândia, Irlanda do Norte, Gales e Eslováquia. Foi um recorde e no limite pode ser igualado em 2020. Para já, a definição preliminar dos play-off garantiu que haverá pelo menos mais um estreante, aquele que sair do caminho D: Geórgia, Macedónia, Kosovo ou Bielorrússia. Mas há mais três seleções que ainda lutam pela primeira presença num Europeu: Bósnia, Sérvia e Israel. Só antes do sorteio de sexta-feira ficará definido se estão as três em caminhos diferentes (a posição de Israel ainda está por atribuir), mas para já está em aberto. Se o Kosovo conseguir o apuramento, será duplamente notável, uma vez que esta foi a sua primeira presença de sempre em qualificações.

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Golos como nunca e goleadas para a história

Ainda faltam 12 jogos para terminar a qualificação, com cada um dos caminhos do play-off a ter duas meias-finais num só jogo e depois uma final. Mas ao fim de 250 jogos disputados já é possível tirar conclusões. Uma delas é a enorme quantidade de golos que se marcou, um recorde em qualificações para o Europeu: 801 golos, uma incrível média de 3.18 por jogo.

Um sinal também de desequilíbrio, numa campanha que teve muitos jogos absolutamente desnivelados e com goleadas avassaladoras. Os 9-0 da Bélgica e da Rússia a San Marino, os 9-1 da Itália à Arménia ou os 8-0 da Alemanha à Estónia entram todos para o «top 15» das vitórias mais expressivas no apuramento para o Europeu.

Bélgica, 10 em 10 vezes 40 golos

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Bélgica e Itália foram as seleções mais dominadoras da qualificação. Ambas fizeram o pleno de vitórias, 10 em 10, sendo que os «Diabos Vermelhos» confirmaram o estatuto que têm vindo a ganhar nos últimos anos e lhes vale a atual liderança do ranking da FIFA, juntando às vitórias também o melhor ataque, com 40 golos marcados. A Itália, que aprendeu com o fiasco do apuramento falhado para o Mundial 2018 e não deixou desta vez espaço para dúvidas, marcou 37 golos. Tantos quanto a Inglaterra, que aliás chegou a esse número em apenas oito jogos.

É inglês o melhor marcador da qualificação, Harry Kane, com 12 golos apontados. Cristiano Ronaldo, que ficou em branco nos dois primeiros jogos mas marcou em cada um dos seis seguintes, é segundo com 11 golos, metade dos 22 que Portugal marcou na qualificação. O israelita Eran Zahavi, que ainda vai jogar o play-off, tem os mesmos 11 golos de Ronaldo.

San Marino e Gibraltar foram as duas seleções que ficaram a zero, sem qualquer ponto somado. A Letónia evitou juntar-se ao grupo na última ronda, ao vencer a Macedónia do Norte. O registo de San Marino é avassalador: 51 golos sofridos em dez jogos e um marcado, na derrota caseira com o Cazaquistão.

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