Não foi preciso marcar em Turim para o Benfica garantir o apuramento para a final da Liga Europa. A vitória por 2-1 na Luz foi mais do que suficiente para ultrapassar uma Juventus que rematou 21 vezes, mas não conseguiu marcar o golo solitário que necessitava para disputar o troféu no seu estádio. O Benfica soube, acima de tudo, segurar de forma absolutamente eficaz o 0-0 e a consequente vantagem na eliminatória.

Segundo os dados apurados pela equipa da Universidade Lusófona para o Maisfutebol é absolutamente nítido que o muro imposto pelos encarnados ficou recheado de virtudes perante uma certa soberba italiana, que acreditou sempre num remate qualquer que pudesse resultar na lógica de conquista programada há muitos meses.

O Benfica jogou com Rodrigo e Lima, mas nos 90 minutos só rematou três vezes: duas na primeira parte e uma na segunda. Os gráficos são elucidativos.


O domínio da Juventus é uma evidência, mas o futebol não se faz sem golos e nada do que possamos encontrar nos números muda o resultado final. A equipa de Conte teve muito mais remates, criou várias situações de bola parada, inclusivamente um remate de Pirlo para grande defesa de Oblak, mas o guarda-redes encarnado manteve as suas redes invioladas.

No total, a Juventus criou 16 situações de bola parada e criações para finalizar, com cinco remates, enquanto o Benfica teve 7 situações de bola parada com dois remates. Também aqui a vantagem foi absolutamente evidente.

No capítulo das recuperações de bola, os encarnados foram absolutamente superiores na sua zona defensiva, onde alcançou 61% das suas recuperações, fruto da grande concentração do setor mais recuado. A Juventus, por seu lado, perdeu 57% das suas bolas na segunda etapa de construção.

Complementando estes dados com a estatística da UEFA, os números só confirmam aquilo que já foi dito. A Juventus teve mais bola (63% contra 37%), 19 oportunidades (contra 4), sendo que Oblak fez cinco defesas e Buffon apenas uma. Os italianos tiveram 8 cantos (contra 2) e fez 554 passes (contra 320).