As competições europeias estão de volta nesta terça-feira. O Benfica recebe o B. Dortmund e o PSG é anfitrião do Barcelona. Rui Vitória será o primeiro treinador português a voltar à ação e a defender a boa campanha dos técnicos nacionais nas provas europeias.

Portugal é o país mais representado a nível técnico. Sete treinadores do país estão na Liga dos Campeões e Liga Europa: Rui Vitória, Nuno Espírito Santo, Leonardo Jardim, José Mourinho, Paulo Sousa, Paulo Bento e Paulo Fonseca.

O Maisfutebol fez o ranking do treinador europeu que vai jogar as competições da UEFA e não há dúvidas: Portugal lidera.

A impressionante temporada de Paulo Fonseca

Na análise que fizemos juntámos vários dados, mas sempre com o mesmo pressuposto: a percentagem de pontos conquistados em relação aos possíveis, por nacionalidade.

Os jogos de Taça contaram como três pontos por vitória e um por empate, mesmo que o clube tenha sido eliminado. É o caso do FC Porto na Taça de Portugal com o Desp. Chaves, por exemplo.

É claro que o universo do futebol europeu é muito diverso e heterogéneo, mas não deixa dúvidas de que, seja como for, Paulo Fonseca está a fazer uma temporada impressionante.

O técnico português até foi afastado no play-off da Liga dos Campeões, mas se juntarmos Champions, Liga Europa, Campeonato da Ucrânia e taças, o Shakhtar Donetsk conquistou 90 por cento dos pontos em disputa!

Não há registo igual entre os 48 técnicos que continuam a disputar provas europeias.

Os mais próximos dessa percentagem são Massimiliano Allegri (81,81) na Juventus, que defronta o FC Porto, e Carlo Ancelotti (81,11) no Bayern. Dois italianos, portanto.

Portugal em toda a linha

No top10 dos treinadores com melhor percentagem de pontos conquistados (todas as provas, não apenas uma isolada) entram mais três técnicos portugueses: Paulo Bento, Rui Vitória e Leonardo Jardim. 

Mas o que acontece quando juntamos os pontos dos sete técnicos portugueses em exclusivo nas provas da UEFA e os relacionamos com aqueles que eles podiam alcançar entre Champions e Liga Europa?

Acontece que Portugal lidera também, apesar da companhia de espanhóis, italianos, franceses, holandeses, alemães, argentinos, turcos e romenos (países que têm pelo menos dois treinadores ainda em prova).

Ora, os sete técnicos portugueses disputaram 162 pontos, entre qualificações e jogos de grupos na Europa. Somaram 109, ou seja, obtiveram 67,28 por cento deles.

Os holandeses aparecem a seguir: quatro técnicos apenas na Liga Europa e com percentagem de conquista de 66,67. E um sublinhado: o holandês do Genk apenas entrou em dezembro, pelo que não disputou jogos europeus ainda.

Portanto, na percentagem de sucesso nas provas europeias não há dúvidas de que, das que restam, a nacionalidade com maior taxa de sucesso é a portuguesa.

Curiosamente, se fosse aplicado aqui a fórmula, a um ano, que a UEFA utiliza para o ranking de países, em que a Liga nacional é sexta, também por aí o treinador português saíria por cima de todos os outros.

Há mais um italiano nos oitavos da Champions, o que significaria mais nove pontos de bónus, mas nem assim o trono luso caíria.

Alargando a análise às outras provas, o resultado é uma liderança ainda mais isolada. Benfica, FC Porto, Mónaco, Manchester United, Fiorentina, Olympiakos e Shakhtar Donetsk disputaram, em conjunto, 735 pontos: obtiveram 73,61 por cento deles, ou seja, 541.

Quem aparece a seguir? Os italianos. Ranieri, Allegri, Sarri, Ancelotti e Spalletti podiam ter ganho 495 pontos entre provas europeias, campeonatos, taças e supertaças de Itália, Inglaterra e Alemanha. Venceram 335 o que dá uma percentagem de 67,68.

O único item em que Portugal não lidera neste momento é na percentagem de pontos em taças. Os técnicos italianos têm melhores números aí. Ainda assim, insuficiente para fazer a balança pender para o país do calcio.

Ainda que Portugal tenha sete representantes, não há qualquer confronto entre eles agora que começam as fases a eliminar da Champions e Liga Europa.

Os treinadores nacionais defrontam dois alemães, um italiano, um espanhol, um turco, um francês e um argentino.

As provas são agora a eliminar. A correlação de forças entre equipas muda. Já os técnicos nacionais desejam que as percentagens se mantenham.