O FC Porto-Nápoles da 1ª mão dos oitavos de final da Liga Europa foi um jogo dividido em que qualquer das equipas criou ocasiões para marcar mais vários golos. O desacerto na finalização ou o melhor acerto de guarda-redes ou defesas na hora do remate fizeram com que no resultado só constasse um golo.

A diferença mínima no resultado equipara-se ao equilíbrio que foi uma das marcas do jogo e que ficou registado nos remates feitos por cada uma das equipas – também aqui com a vantagem existente a cair para a equipa portuguesa: o FC Porto rematou 10 vezes; o Nápoles sete.

Foi nas bolas paradas que os dragões demonstraram uma superioridade/aproveitamento largamente superior à equipa italiana (incluindo aqui as ocasiões para marcar) . E foi aí que a equipa portuguesa conseguiu os frutos da superioridade encontrada sobre o equilíbrio dominante.

O FC Porto teve quase o triplo dos cantos que teve o Nápoles (11 contra 4). Num deles, Jackson Martínez fez o golo do jogo. No total de ocasiões para marcar em resultado de lances de bola parada – que o FC Porto teve também quase no dobro dos da equipa italiana (13 contra sete) – os dragões criaram também quatro oportunidades para marcar contra nenhuma do Nápoles.



A análise feita ao FC Porto-Nápoles pelo Centro de Estudos do Futebol da Universidade Lusófona exibe nesta imagem precisamente a importância que os lances de bola parada tiveram para o FC Porto conseguir superiorizar-se ao equilíbrio mantido pelo Nápoles, com o culminar na vitória.

Os dados analisados para o Maisfutebol registam esse equilíbrio no cômputo dos 90 minutos de jogo, com as maiores oscilações entre a semelhança dos números a registarem-se na segunda parte – como mostram os gráficos na galeria de imagens – quando houve um golo (aos 57 minutos).

A segunda parte (no seu todo) mostra-se sobretudo diferente na quantidade de remates efetuados : 14 contra três do primeiro tempo. E também aqui o equilíbrio se verificou nas tentativas de marcar das duas equipas: o FC Porto passou de dois para oito remates; o Nápoles de um para seis – na galeria de imagens pode ver ainda os que foram às balizas.

Constata-se um novo equilíbrio entre os conjuntos orientados por Luís Castro e Rafa Benítez na posse de bola. O FC Porto é melhor, por pouco: 53% de posse contra 47% do Nápoles. Assim como é melhor nos passes conseguidos pelos seus jogadores: 367 contra 329 (entre totais de passes, respetivos, de 453 para os dragões e 418 para os napolitanos).

Cada equipa cometeu também 17 faltas (um fora de jogo para os portistas, dois foras de jogo para a equipa italiana. No FC Porto, o autor do golo Jackson Martínez foi o jogador que cometeu mais faltas (quatro) e também que mais sofreu (três). No Nápoles foram Henrique e Britos os mais faltosos (por quatro vezes), enquanto Callejón foi o jogador mais castigado pelos adversários demonstrando a sua importância no ataque napolitano, como pode ler na crónica do jogo.