Chegar ao fim da primeira volta do campeonato na liderança é algo a que o Benfica se habituou nos tempos recentes. Na última década, isso verificou-se em seis ocasiões: 2011/12, em 2012/13 (ex-aequo), 2013/14, 2014/15, 2016/17 e 2019/20.

Neste período, compreendido entre 2011/12 e 2020/21, a maior distância a que os encarnados estiveram do topo nesta fase da época era, até agora, de cinco pontos: em 2017/18 e em 2018/19, em ambas as épocas para o FC Porto.

Agora, os encarnados dobram o campeonato a 11 pontos do Sporting e no quarto lugar da classificação.

Tão atípico que é preciso recuar quase 20 anos para encontrar diferenças tão grandes do Benfica para um líder no final de uma primeira volta: 17, para sermos mais exatos.

Em 2003/04, o Benfica chegou à 17.ª ronda também com 34 pontos e a 11 do FC Porto, então treinado por José Mourinho. Uma repetição da época anterior: 34 pontos e também menos 11 pontos do que os dragões de Mourinho. Em nenhuma das ocasiões os encarnados conseguiram recuperar da desvantagem, tendo concluído os campeonatos no segundo lugar.

Para encontrarmos uma diferença maior para o líder nesta altura de uma Liga é preciso recuar mais alguns anos: concretamente àquele que coincide com o período mais negro da história do clube da Luz. Com João Vale e Azevedo há escassos meses na presidência, o Benfica era, à 17.ª jornada, quinto classificado com 27 pontos, menos 16 do que o FC Porto, que viria a sagrar-se tetracampeão nessa temporada.