O Sporting da Horta disputa este sábado a segunda-mão da final da Taça Challenge em andebol. O clube do Faial está desde quinta-feira na Roménia, onde prepara o jogo frente ao Steaua de Bucareste. Recorde-se que a equipa portuguesa tem uma vantagem de cinco golos trazida dos Açores, onde venceu os romenos por 26-21. O encontro joga-se às 17h15 locais, mais duas horas que em Lisboa.
Contactado pelo MaisFutebol Filipe Duque, treinador adjunto da equipa lusa, afirmou que «para o clube é muito importante estar presente numa final europeia, pelo que todos estão muito empenhados em garantir o triunfo». O técnico não esconde o orgulho pelo facto de o Sporting da Horta ser apenas o segundo clube português a atingir uma final de competições europeias: «É com imenso orgulho que representamos o andebol português a este nível». Recorde-se que, para além do ABC, o Sporting da Horta é o primeiro clube português a estar presente numa final de provas da EHF (Federação Europeia de Andebol).
O feito é ainda mais notório quando conseguido numa altura em que a crise no seio do andebol português se arrasta. Isso mesmo é reconhecido por Filipe Duque, que não hesita em dizer que «uma equipa portuguesa conseguir estar numa final europeia apesar das dificuldades do andebol português é um sinal que o andebol devia ser tratado de forma diferente pelos seus responsáveis». O treinador adjunto da equipa açoriana lança o repto para que este feito do Sporting da Horta possa «servir de suporte para que o andebol possa encontrar uma saída para os seus problemas».
Questionado sobre as vantagens que esta presença pode trazer ao andebol português e, em particular, ao Sporting da Horta, Filipe Duque espera apenas que «possa trazer mais apoios e mais participantes, desde o público até aos praticantes».
Numa abordagem à partida de amanhã, Filipe Duque afirma que «o Sporting da Horta não vai entrar para defender o resultado». O técnico justifica esta posição pelo facto de «numa final a duas mãos o jogo ser pensado no global». Assim, o clube português vai, de acordo com o treinador, «lutar pela vitória apesar do valor do adversário». O ambiente que espera a equipa lusa também não foi esquecido: «É bastante diferente do que estamos habituados a encontrar nos pavilhões em Portugal».