A seleção de andebol de Portugal tem uma «supermotivação extra» para lutar pela presença nos Jogos Olímpicos de Tóquio.

Quem o garante é o central Rui Silva, capitão da equipa que vai disputar uma das duas vagas do torneio pré-olímpico juntamente com as seleções de França, Croácia e Tunísia.

A seleção africana é o primeiro adversário, já nesta sexta-feira e o central do FC Porto assume a importância da partida para lançar os ‘Heróis do Mar’ para o sucesso.

«Vai ser muito importante. Mostrámos nas últimas competições [Europeu e Mundial] que vencendo o primeiro jogo os objetivos tornam-se mais fáceis de atingir. Apesar de defrontarmos a equipa teoricamente menos forte, temos de vencer», começou por dizer numa conferência de imprensa virtual.

Com a perda de Alfredo Quintana ainda muito presente no dia a dia da seleção, o jogador que também era colega de equipa do guarda-redes no FC Porto garante que a vontade de dedicar a Quintana este apuramento dá uma força ainda maior a todos.

«Podemos esperar uma seleção forte e com vontade de ganhar e concretizar este objetivo. Vamos uma supermotivação extra que ganhámos com os acontecimentos dos últimos tempos», referiu.

Além disso, Rui Silva lembra a importância de um feito até há bem pouco tempo inimaginável para a modalidade.

«Toda a gente está preparada e com vontade enorme de concretizar esta qualificação. Nunca alguém imaginou que Portugal pudesse disputar uns Jogos Olímpicos em andebol», disse, antes de sublinhar o respeito que os últimos resultados de Portugal impuseram internacionalmente.

«As outras seleções sabem que têm de estar ao melhor nível para nos vencer. E sabem que isso pode não chegar. Nós estamos muito motivados para concretizar este objetivo», assegura.

Em Montpellier, Portugal vai voltar a contar no grupo com a presença do experiente pivô Tiago Rocha, que também garante a motivação de todos.

«Acreditamos todos que é possível. Estamos cientes da dificuldade dos adversários, mas estamos motivados para isso», nota o jogador do Sporting.

Tiago Rocha volta à seleção depois de ter falhado a presença no Mundial, e o selecionador nacional elogiou publicamente o jogador que traz mais experiência num momento sensível para o grupo.

«É sempre bom representar a seleção e estar de volta.  É uma fase bastante difícil. Ser dos mais velhos ajuda a unir o grupo. Isso é o mais importante neste momento. A vida tem de continuar e temos de nos unir», aponta o pivô.