Nome: António Luís A. Ribeiro Oliveira

Data de nascimento: 10/06/1952

Posição: Médio-ofensivo

Internacionalizações: 24

Golos pela selecção: 7

Período de atividade: 1970 a 1986

Clubes que representou: F.C. Porto, Bétis, Penafiel, Sporting e Marítimo

Principais títulos conquistados: duas vezes campeão nacional pelo F.C. Porto (77/78 e 78/79); uma vez campeão nacional pelo Sporting (81/82); uma Taça de Portugal pelo F.C. Porto (76/77); uma Taça de Portugal pelo Sporting (81/82)

Um dos maiores talentos que o futebol português já teve. Esta é a ideia que mais facilmente se associa a António Oliveira, senhor de um percurso admirável como futebolista. Alguns consideraram-no mesmo um dos dez melhores jogadores portugueses de sempre. A avaliação poderá não ser exagerada.

Carismático, o perfil de liderança que todos lhe reconhecem como treinador notava-se já nos seus anos de jogador. Foi figura de proa do F.C. Porto dos finais da década de 70, esteve na mudança que o clube das Antas viveu nesses anos de viragem, uma transformação que proporcionou aos azuis e brancos construir um domínio avassalador nos 20 anos que se seguiram.

Mas já lá vamos. É que a história de Oliveira não começa aí. É certo que o F.C. Porto sempre foi o seu clube do coração - nunca o escondeu - mas o «menino Toninho» tem as suas raízes em Penafiel, pelas ruas da terra que o viu nascer. E cedo se viu que jeito o miúdo tinha. Tentou a sua sorte nas captações do F.C. Porto, tinha então 15 anos. Ficou e logo aos 17 foi chamado ao plantel principal.

E foi nas Antas que Oliveira deu o salto para a ribalta. Foi figura de destaque no primeiro campeonato ganho no F.C. Porto, em 1977/78, aquele que quebrou um jejum de 19 anos. A cobiça de outros clubes era inevitável: o Sporting já estava de olho, houve também o interesse de um clube norte-americano, mas foi o Bétis quem levou a melhor, numa transferência que, para a altura, envolvia números astronómicos.

Só que a aventura espanhola não correu bem. Oliveira voltou para as Antas meio ano depois, regressando ao aconchego da casa que o fez homem. O êxito depressa voltou: o Porto repetiu a façanha da época anterior e ganhou o segundo campeonato seguido (78/79).

Depois de uma curta passagem por Penafiel, exílio escolhido na sequência do Verão quente portista, Oliveira foi para Alvalade, onde ainda arrebatou o seu último título como jogador, num ano de dobradinha conseguida pelo Sporting (81/82).

Na seleção, estreou-se a 13 de Novembro de 1974, na Suíça, com uma derrota de Portugal por 3-0. O seu último jogo pela equipa das quinas foi nove anos depois, a 21 de Setembro de 1983, em Alvalade, numa vitória rotunda da selecção nacional sobre a Finlândia, por 5-0.

Da selecção às Antas

A carreira brilhante de jogador abriu-lhe as portas para um percurso como treinador. As primeiras experiências foram no Penafiel, no Sporting e no Marítimo, sempre como treinador-jogador. Depois de arrumar as botas, inicia a sua caminhada como treinador a full-time, no Marítimo, em 1985/86. Um percurso que seguiu o seu rumo normal, nos anos posteriores, sempre por clubes de dimensão média no futebol português: Vitória de Guimarães, Académica, Gil Vicente e Sporting de Braga.

Mas o grande salto de António Oliveira como treinador deu-se, sem dúvida, em Setembro de 1994, quando Vítor Vasques, então presidente da Federação Portuguesa de Futebol, o escolheu para o cargo de seleccionador nacional. Na altura, a opção foi muito contestada, uma vez que alguns setores do futebol português acusavam Oliveira de não ter currículo suficiente para a função que acabava de abraçar e, sobretudo, de estar demasiado conotado com a área de influência do F.C. Porto e do seu irmão, Joaquim Oliveira.

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