Javier Zanetti não pensa retirar-se do futebol profissional nos próximos anos apesar de celebrar em Agosto o 38º aniversário. Aliás, pretende mesmo continuar nos relvados depois de terminar contrato com os «nerazzurri» em 2013. O argentino vai disputar, esta quarta-feira, o jogo 1000 da carreira quando o Inter de Milão defrontar a Roma nas meias-finais da Taça de Itália.

«Vivo com serenidade e não penso o que vai ser o futuro, porque basta-me o presente. Para mim, poder treinar, disputar um jogo e viver com a equipa é uma festa», confessou o defesa argentino aos jornais italianos «Corriére della Sera» e «Gazzetta dello Sport». Zanetti diz que ainda está em boa forma e deixa em aberto a possibilidade de continuar a jogar depois de 2013.

«Para dizer a verdade, canso-me mais quando chego a casa e brinco com os meus dois filhos do que quando treino com intensidade. O dia em que me senti mais cansado foi depois da final de Madrid, quando se foi a adrenalina de duas semanas de loucos, com o «scudetto», a Taça e a Champions», referiu.

O argentino, em Itália desde 1995, agradeceu ao Inter todo o sucesso que obteve enquanto jogador. «Devo agradecer a Itália e ao Inter, que me tornaram importante e transformaram a minha vida. Nunca o esquecerei. Mas sem sacrifício não se obtém nada», vincou.

Zanetti apontou Kaká e Ryan Giggs como os rivais mais complicados que enfrentou e Marcelo Bielsa o treinador que mais o marcou. Mesmo assim, revelou que não pretende tornar-se técnico quando acabar a carreira porque há «demasiada pressão». O argentino lamentou ainda nunca ter conquistado um título ao serviço da selecção do seu país.