O Tribunal de Gondomar leu esta sexta-feira a sentença do processo Apito Dourado, tendo condenado 14 dos 24 arguidos, com a pena mais pesada a ser aplicada a Valentim Loureiro.
O presidente da AG da Liga de clubes e da Câmara Municipal de Gondomar foi condenado por abuso de poder e ilibado do crime de corrupção, tal como Pinto de Sousa, ex-presidente do Conselho de Arbitragem da Federação, e José Luís Oliveira, ex-presidente do Gondomar (ver artigo relacionado).
Francisco Tavares da Costa, vice-presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, foi condenado por 25 crimes de abuso de poder como cúmplice, a um ano e três meses de prisão, também suspensa.
A Luís Nunes da Silva, ex-vogal do Conselho de Arbitragem da FPF e irmão do então treinador do Gondomar, condenado pela prática, como autor, de dois crimes de corrupção desportiva activa e um crime de abuso de poder, foi-lhe aplicada pena de multa.
O tribunal condenou os árbitros Licínio Santos, Pedro Sanhudo, António Eustáquio, Jorge Saramago e João Pedro Macedo por terem beneficiado o Gondomar e, no caso do último o Sousense, contra as regras do jogo, com a expectativa de receberem boas classificações.
Licínio Santos foi condenado pela prática, como autor, de dois crimes de corrupção desportiva passiva a cinco meses de prisão, substituída por multa e fica impedido de exercer cargos ou funções desportivas pelo período de três anos.
Pedro Sanhudo foi condenado por três crimes de corrupção desportiva passiva e um crime de corrupção desportiva activa a nove meses de prisão substituída por multa e fica impedido de exercer cargos ou funções desportivas pelo período de três anos e seis meses.
António Eustáquio foi condenado por dois crimes de corrupção desportiva passiva a cinco meses de prisão substituída por multa e proibição de exercer cargos ou funções desportivas pelo período de 3 anos.
Jorge Saramago foi condenado por um crime de corrupção desportiva passiva a pena de três meses de prisão substituída por multa e a proibição de exercer cargos ou funções desportivas pelo período de 2 anos e 6 meses.
João Pedro Macedo condenado por três crimes de corrupção desportiva passiva a sete meses de prisão substituída por multa e proibição de exercer cargos ou funções desportivas pelo período de 3 anos.
Dez arguidos foram absolvidos: Um deles é Castro Neves, vereador da câmara de Gondomar, ilibado de todos os 19 crimes de corrupção desportiva activa. O colectivo de juízes entendeu que o também director do Departamento de Futebol do Gondomar SC não tinha conhecimento «do acordo entre Pinto de Sousa e José Luís Oliveira a propósito da nomeação de árbitros para jogos do Gondomar».