Valentim Loureiro foi condenado esta sexta-feira pelo Tribunal de Gondomar, no processo Apito Dourado, a três anos e dois meses de prisão com pena suspensa, pelo crime de prevaricação e 25 crimes de abuso de poder, como cúmplice.
José Luís Oliveira, ex-presidente do Gondomar Sport Clube e vice-presidente da Câmara de Gondomar, foi condenado a três anos prisão, com pena suspensa, por 10 crimes de corrupção desportiva activa e 25 crimes de abuso de poder. Já Pinto de Sousa, antigo presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, foi condenado a dois anos e três meses, suspensa por igual período, por 25 crimes de abuso de poder.
O tribunal considerou provado que na época 2003/2004 José Luís Oliveira dava indicações a Pinto de Sousa sobre os árbitros a nomear para os jogos do Gondomar. Posteriormente, Pinto de Sousa fazia chegar essas indicações a Francisco Costa, que era o responsável pelas nomeações. O juiz considerou que esta vantagem não foi dada a mais nenhum clube.
Não ficou contudo provado que Pinto se Sousa tivesse recebido ou esperasse receber quaisquer contrapartidas de José Luís Oliveira ou de Valentim Loureiro por essas nomeações.
À saída do Tribunal de Gondomar, Valentim Loureiro avisou que «isto não fica por aqui»: «Compete ao meu advogado decidir sobre o recurso, mas garanto que serei candidato à câmara de Gondomar. [A decisão] é muito injusta».
Quando a sentença transitar em julgado, o autarca perderá o mandato na câmara de Gondomar.
O colectivo de juízes revelou ainda que as escutas foram validadas, recordando que 22 juízes já se pronunciaram pela sua validade e que agora passaram a ser 25.
O tribunal ilibou todos os arguidos acusados do crime de corrupção.