O Boavista defende que somente Valentim Loureiro, enquanto ex-presidente da Liga de Clubes, deve ser responsabilizado no processo Apito Final. Os axadrezados sublinham que em 2003/04 o dirigente já não tinha qualquer ligação executiva ao clube e que a ter havido algum acto que consubstancie o ilícito disciplinar punido no artigo 54º (coacção), ele deveria ser atribuído a Valentim enquanto líder da LPFP.
«Nas conversas havidas com os árbitros, estes referiram-se ao presidente da Liga (na altura Valentim Loureiro) e nunca ao accionista da Boavista SAD, que, aliás, o não era, na época 2003/04, em que ocorreram os jogos em causa», revela o Boavista em extenso comunicado de 18 páginas, distribuído na AG da Liga.
O emblema portuense defende não haver qualquer conexão entre Valentim Loureiro e o Boavista, daí ser «absurdo» ser punido.
«De sublinhar que a própria CD da Liga, nos seus acórdãos, dá como não provadas as consequências nos resultados. Por outro lado, tenha-se em atenção o artigo 7º, nº 1, do Regulamento Disciplinar, que diz que, em última análise, se aplica o princípio In Dúbio Pró Reo (em dúvida, a favor do réu). Mas, nos processos da Boavista SAD, a CD da Liga até por cima deste consagrado princípio passou.»