O selecionador da Sérvia era um homem conformado no final do encontro. O golo de Matic ainda lhe acendeu a luz da esperança, mas a alegria ruiu dois minutos depois quando Fábio Coentrão voltou a colocar Portugal na frente do marcador.

No final do encontro, diante dos jornalistas, Radovan Curcic, que se estreou no banco de suplentes da Sérvia em jogos de qualificação para o Europeu de 2016, apontou o golo madrugador de Ricardo Carvalho como um momento importante porque obrigou a equipa a correr atrás do prejuízo arriscando mais do que seria de esperar.

«O primeiro golo resulta de um erro num pontapé de canto em que não reagimos tão rapidamente com deveríamos. Tivemos muitos problemas nas bolas paradas e esses lances foram cobrados com muita precisão por Portugal. Esse lance decidiu o rumo do jogo porque fomos obrigados a arriscar mais. Após o intervalo conseguimos estabilizar e tivemos um bom período durante o qual conseguimos restabelecer o empate», começou por dizer o Radovan Curcic, antes de classificar o segundo golo português como o momento de maior desencantamento sérvio.

«Foi um golpe duro sofrer o segundo golo. Começámos bem a segunda parte, chegámos ao empate e se conseguíssemos aguentar mais algum tempo talvez o resultado tivesse sido outro. Depois do segundo golo já não conseguimos reagir», sublinhou.

Radovan Curcic salientou, ainda, a qualidade dos jogadores portugueses, apontando as transições rápidas como a chave do sucesso luso na partida. 

«Estava à espera que houvesse oportunidades para os dois lados, mas os golos sofridos surgiram da pior forma e nos piores momentos para nós. Esperávamos um jogo difícil contra Portugal que é uma seleção muito forte nas transições e esse aspeto foi determinante para o desfecho do jogo», rematou