A Federação Portuguesa de Futebol publicou esta quinta-feira a análise de David Elleray, especialista de arbitragem do Conselho de Arbitragem organismo, a decisões do VAR em jogos de Sporting, FC Porto e Benfica.

Considera o britânico que a anulação do golo de Evanilson frente ao Boavista, que daria vantagem ao FC Porto nos minutos finais, foi bem anulado pelo vídeoárbitro, uma vez «que as imagens mostram que a bola tocou na mão direita do atacante e entrou imediatamente a seguir na baliza», o que, lê-se no documento, «é uma infração, mesmo que o toque na mão tenha sido acidental».

«Intervenção correta do VAR, uma vez que a decisão do árbitro em validar o golo foi um ‘claro e óbvio erro’», lê-se ainda.

Elleray analisou ainda um possível penálti sobre Vertonghen no empate do Benfica em Moreira de Cónegos, frente ao Moreirense. O central belga caiu na área após um toque na cara de um adversário, sendo que o árbitro nada assinalou. Segundo o especialista, o VAR esteve bem ao não intervir, uma vez que «as imagens mostram que todos os jogadores estavam a olhar para a bola e que qualquer contacto é acidental».

No mesmo jogo, houve ainda o lance polémico do penálti revertido a Weigl. Para David Elleray, o árbitro esteve bem ao considerar simulação do alemão, isto depois de recorrer às imagens do VAR.

«As imagens mostram que o contacto inicial foi causado pelo atacante que se atravessou à frente da linha de movimento do defesa. De seguida dá ainda vários passos e mesmo não havendo qualquer contacto do defesa, acaba por cair simulando uma falta», justificou.

Por fim, Elleray analisou ainda dois lances do triunfo do Sporting ante o Paços de Ferreira, em Alvalade.

O especialista da FPF debruçou-se sobre o possível penálti de Coates sobre Luther Singh, num lance em que o extremo é atingido pelo uruguaio já depois de ter rematado, e após um contacto a meio-campo.

«As imagens não mostram qualquer evidência que o contacto no meio campo seja infração punível com cartão vermelho e por isso não existe qualquer motivo para uma intervenção do VAR; As imagens mostram também que no lance na área de penálti o atacante caiu no terreno de jogo porque tropeçou nele próprio», lê-se.

O último momento a ser alvo de análise foi o possível penálti de Hélder Ferreira sobre Nuno Mendes, num lance em tudo idêntico ao de Coates com Luther Singh.

«As imagens mostram que o contacto entre o defensor e o atacante é acidental e o defesa está a olhar para a bola quando o contacto acontece», vaticinou David Elleray.