O caso merece uma inversão da tendência. Primeiro a imagem, depois o texto, para abordar um caso de arbitragem que marcou a última ronda da Liga cipriota, no jogo entre o Achnas e o AEL Limassol, que terminou sem golos. Ora veja:



Esteve atento a todos os pormenores? A pergunta que se impõe não obriga a grandes considerações: afinal de contas, o que assinalou o árbitro Anorthosis Christodoulou? O que o fez invalidar o golo e marcar falta contra o AEL? Foi exactamente essa a pergunta que o Maisfutebol fez a Dossa Júnior, português que milita no último classificado do campeonato do Chipre e que, confessou, ainda estar um pouco confuso.

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«Para ser sincero, ainda hoje não sei bem o que o árbitro marcou (risos). Pelo que ele disse no final do jogo, invalidou o golo porque o Freddy [jogador que bateu o penalty] fez uma paradinha. Já viu o lance? Não é diferente das que o Ronaldo faz, pois não?», questionou o jogador.

Na verdade, a regra da «paradinha» foi alterada em Maio último. Agora é permitido ao jogador que bate o penalty fintar o guarda-redes durante a corrida, mas não pode simular o remate. Mas, mesmo que o fizesse, teria, sempre, de haver advertência ao jogador e repetição do penalty e não a marcação de um livre indirecto.

Dossa Júnior não se conforma e conta como se estão a viver estes dias no Chipre: «Foi a primeira vez e espero que seja a última que me aconteceu um caso destes. Foi o episódio mais estranho da minha carreira. Aliás, o árbitro já veio a público admitir que errou e parece que vai parar de apitar por uns tempos.»

«Na altura, parecia que tinha toda a certeza do mundo»

Para além de Dossa Júnior, também os portugueses Vargas e Zé Vítor foram titulares no encontro. Freddy, o autor da «paradinha», é também uma cara conhecida dos portugueses, sobretudo pela passagem pelo U. Leiria. Do outro lado, mais um português: Luís Torres. É assim a realidade do Chipre.

Dossa Júnior conta que Vargas «acabou por sair lesionado e não volta a jogar este ano». A arbitragem, contudo, domina a conversa, até porque o jogador que comete o penalty já tinha amarelo e não foi expulso. «No conjunto, o árbitro já tinha sido um bocado tendencioso, mas aquele lance foi o ponto alto. Na altura em que apitou, parecia que tinha toda a certeza do mundo, não percebo como pode ter tanta certeza de uma coisa no momento e depois vir pedir desculpa pelo erro», afirmou.

Os casos de arbitragem são uma constante no Chipre, segundo conta Dossa Júnior, embora ressalve que o seu clube, «ainda é dos que vai tentando fazer alguma coisa para isto melhorar». «Já íamos para campo a pensar que podia acontecer alguma coisa. Com este árbitro já era normal. Não esperávamos é que fosse tanto», confessou.