Persistem as dúvidas em torno da ameaça de greve feita pelos árbitros, para todas as competições desportivas de 6 e 7 de Novembro. A Confederação das Associações de Juízes e Árbitros de Portugal (CAJAP) entende estarem reunidas «condições mínimas» para suspender o protesto, mas a Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) diz que ainda está a estudar o assunto.

As reivindicações dizem respeito ao Regime Fiscal e ao Código Contributivo da Segurança Social. Entre os motivos de insatisfação está o valor mínimo de desconto para a segurança social de 183 euros por mês.

O secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias, reuniu-se na quinta-feira com as duas associações, na tentativa de desbloquear a situação. A CAJAP congratulou-se com o «pequeno passo» dado na «caminhada que ainda é necessário percorrer para alcançar a tão desejada taxa liberatória». A APAF não subscreve, dado que «ainda não tem em seu poder cópia do despacho conjunto assinado pelo Ministério das Finanças e a secretaria de Estado da Juventude e Desporto e ainda por estar neste momento num período de auscultação dos árbitros de futebol e da sua respectiva estrutura».

Caso seja mantido, o protesto pode colocar em causa a realização de vários eventos desportivos marcados para o fim-de-semana de 6 e 7 de Novembro, incluindo o F.C. Porto-Benfica da 10ª jornada da Liga de futebol.