O secretário de Estado do Desporto admitiu a profissionalização dos árbitros, mas defendeu que não poderá ser feita à custa de dinheiros públicos.
«O Governo já disse que não poderá haver dinheiros públicos envolvidos», afirmou Laurentino Dias à Agência Lusa, após o primeiro encontro com o novo presidente da Liga de clubes, Hermínio Loureiro, invocando também o disposto na futura Lei de Bases.
«A Liga renovou a sua proposta no sentido de conferir aos árbitros a sua profissionalização. Não temos qualquer objecção, sobretudo se se entender que a profissionalização será a forma de trazer rigor, independência e isenção ao futebol», disse Laurentino Dias, defendendo que a Liga e a Federação têm agora de estudar as soluções para questões como o estatuto de carreira dos árbitros, «para que se possa ponderar sobre a sua viabilidade».
A futura Lei de Bases do Desporto prevê que haja um órgão único para gerir a arbitragem, com duas estruturas para a arbitragem profissional e não profissional, e Laurentino Dias chama defende a importância do «respeito e autonomia» que os dirigentes desportivos deverão observar no domínio da arbitragem.