Cerca de 150 jogadores argentinos de futebol, entre eles o ex-benfiquista Bergessio, estão a ser investigados pelas autoridades judiciais da Argentina por envolvimento com uma rede internacional de falsificação de passaportes. As investigações determinaram, até ao momento a detenção de 40 pessoas e foram desencadeadas por uma denúncia do consulado italiano em Buenos Aires.
Entre os envolvidos estão nomes conhecidos do futebol argentino, como Gustavo Mascardi (representante de Pablo Aimar) ou Jorge Cyterzpiler (antigo empresário de Maradona), num negócio ilícito cujos lucros podem, segundo fontes judiciais, ascender a seis milhões de euros.
Entre os processos analisados, estão os da cidadania italiana atribuída aos guarda-redes Juan Pablo Carrizo, contratado pela Lazio ao River Plate e Maximiliano Scaparoni, do Boca Juniors, mas também dos avançados Germán Denis (Nápoles) e Gonzalo Bergessio (San Lorenzo, que na última época teve uma passagem discreta pela Luz). A rede de falsificação de documentos teria já produzido 300 passaportes, dos quais cerca de metade destinados a jogadores de futebol.
Depois de buscas domiciliárias em 120 casas na Argentina, as detenções envolveram advogados, contabilistas e gestores, todos indiciados por envolvimento na referida rede. Segundo o diário «Crítica», a organização teria epicentro numa empresa chamada Ciudadanía Express, que já contou com clientes ilustres do mundo do futebol como Abbondanzieri, Gabriel Heinze, Javier Mascherano e Mauro Camoranesi, cujos processos não estão envolvidos nas investigações. As penas em que incorrem os detidos, caso se comprove a sua culpa, vão de um até dez anos de prisão.
Diversos clubes argentinos, entre os quais o River Plate, o Boca Juniors, o Velez Sarsfield e o Lanús já se demarcaram de qualquer envolvimento nas acusações, manifestando-se dispostos a colaborar com as autoridades para todos os esclarecimentos.