Ariel Ortega foi um dos jogadores argentinos mais brilhantes dos últimos anos. Participou em três mundiais, chegou à liga espanhola e italiana. E iniciou a queda no regresso à Argentina, com sucessivos conflitos com o seu treinador no River Plate. Sem espaço no clube onde é considerado «o melhor jogador de sempre», Ortega aceitou a custo um empréstimo no Indepediente de Rivadavia de Mendoza, da segunda divisão.
Esta sexta-feira, foi dispensado do clube. «Acabou a experiência. Foi inédito para um pequeno clube do interior ter um jogador mundialista nas suas fileiras, mas acabou. É o melhor para ele [Ortega], tendo em conta que falta pouco para acabar a temporada e a motivação não era muita. Não é fácil um craque da sua dimensão integrar-se numa categoria inferior. Nem tudo foi positivo», assumiu o vice-presidente do clube secundário, Nicolás Becerra, a um canal de televisão argentino.
De acordo com as informações que circulam do outro lado do Atlântico, «Burrito» Ortega já «não estava a fazer nada» no Rivadavia de Mendoza e as duas expulsões no último mês terão sido a gota de água para a dispensa. Em meia época na segunda divisão, Ortega apenas marcou quatro golos, três deles de penalty, e apresentou futebol de baixo nível para a qualidade que lhe é reconhecida, apesar dos seus 35 anos. À custa do baixo rendimento, o clube rescindiu o contrato de empréstimo.
Ariel Ortega deve agora regressar ao River Plate, como os adeptos millionarios tanto sonhavam. «Seria irrespeitoso da minha parte não permitir a Ortega que treine aqui no River. É um ídolo do clube, uma instituição. Tem as portas abertas e será bem-vindo», declarou Pipo Grosito, o actual técnico do clube da capital.