A Argentina sofreu esta quarta-feira uma forte goleada da Bolívia (6-1), igualando o resultado mais negativo de sempre, apenas visto por uma vez, em 1958. No day after, os jornais argentinos dividem responsabilidades, no meio de lamentos sobre a exibição da equipa de Diego Maradona.
O diário generalista Clarín fala de uma «cabazada histórica», de um onze com «o caos na defesa» e «leviandade no ataque». Os jornais La Nación e Olé! apontam «erros da parte do seleccionador» e lamentam «uma lição que não foi estudada».
O periódico generalista refere que «o ciclo de Maradona como técnico da Argentina, que tinha começado bem, sofreu o pior dos golpes na Bolívia» e acusa o «mau diagnóstico do que significa jogar em altitude», afirmando que se «impõe uma aprendizagem para não se cair na assinatura do improviso.»
O Olé, órgão especializado, chora o «fantasma» que foi o onze albiceleste e lamenta que Maradona tenha «subestimado a questão da altitude», tornando a equipa «Mascherano menos 10, frente a uma máquina boliviana.» A manchete do diário desportivo tenta atribuir as responsabilidades, reduzindo o mérito dos vizinhos vencedores. Pode ler-se que o «Tsunami de La Paz» foi provocado por «Diego 40%, altitude 20%, jogadores 30% e Bolivia 10%.»
Vários periódicos sublinham o facto de Dí Maria ter sido expulso.
Quem aproveitou para ganhar moral com este resultado desastroso foram os canarinhos. Os jornais brasileiros, como O Globo, titulam o jogo de «Humilhação» e lembram o facto de a equipa dirigida por Maradona igualar «o pior resultado de 107 anos de existência.»