Julio Grondona, de 80 anos e presidente da Associação de Futebol Argentino (AFA) desde 1979, foi reeleito de forma unânime para um novo mandato de quatro anos, no meio de muita polémica.

Grondona tinha sido acusado há alguns meses por Carlos Ávila, antigo sócio da AFA na transmissão televisiva de jogos do campeonato argentino, de «gestão fraudulenta». O empresário baseou-se num vídeo onde Grondona fala em «dinheiro sujo» e ameaça um jornalista, alegando ainda ter vários documentos que provam que Grondona é titular de contas milionárias na Suíça.

No meio deste processo Daniel Vila, empresário na área da comunicação e presidente do Independiente Rivadavia da Segunda Divisão, entrou na corrida à presidência da AFA e apresentou um recurso judicial que autorizava 66 clubes do interior do país a exercer direito de voto. E assim, numa assembleia paralela com a participação de 52 dirigentes desses 66 clubes, reclama ter sido eleito e auto-proclamou-se novo líder do máximo organismo de futebol da Argentina. Na assembleia que reelegeu Grondona, por outro lado, participaram 46 dos 49 representantes dos clubes autorizados pela AFA a exercer direito de voto.

Contas feitas: Grondona reeleito pelos clubes autorizados pela AFA a votar; Vila eleito pelos clubes que o tribunal autorizou a votar. Agora fica tudo nas mãos da Justiça e do Governo que receberá de dois candidatos a deputados uma petição para que se realize uma auditoria à AFA.