Diego Maradona já reagiu ao «não» de Riquelme à selecção argentina. El Pibe confessa estar «triste», contudo, sem vontade de «chorar», porque tem alternativas e «outros jogadores em quem pensar».

Riquelme foi várias vezes alvo de elogios de Maradona, mas ultimamente a situação vinha a alterar-se. A imprensa argentina noticiou na terça-feira que o seleccionador tentou repetidamente entrar em contacto com o número 10 do Boca Juniors e que aquele não atendeu as chamadas.
Maradona assumiu a desistência. «Román [Riquelme] estava na minha mente, mas agora terei de o esquecer totalmente», afirmou à rádio Mitre de Buenos Aires.
O médio ofensivo, que assumiu «diferenças irreconciliáveis» com o substituto de Alfio Basile, disse, ainda, não ter «os mesmos códigos», nem a mesma «forma de pensar» do mais ilustre 10 argentino, pelo que não poderia continuar «a trabalhar junto» de Maradona.
A decisão de Riquelme foi baseada nas últimas notícias que envolviam o seu nome e a equipa nacional. O jogador não gostou de saber «pela rádio» que não ia defrontar a França, além de conhecer as críticas de El Pibe «pela televisão».
Recorde-se que Maradona disse «querer Román mais adiantado nos últimos 20 metros para marcar a diferença com a sua velocidade mental, servir os avançados e chegar ao golo». «Noutro dia vi-o a jogar ao vivo e não sei se foi por problemas físicos, mas não esteve bem. Aquele Román não me serve», criticou o seleccionador.
Diego Maradona pensava convocar Riquelme para os jogos de apuramento contra a Venezuela e Bolívia. É a segunda vez que Riquelme renuncia à selecção, depois de o ter feito em 2006 na ressaca do Mundial.