Num ano de transição para a calendarização do futebol argentino, o Racing Club Avellaneda proclamou-se campeão. Foram 19 jornadas discutidas ombro a ombro com o River Plate e o Lanús. No final, o ceptro acabou no Cilindro de Avellaneda.

Diego Cocca, 42 anos, foi o treinador responsável por conduzir o oitavo título nacional para La Academia: 1949, 1950, 1951, 1958, 1961, 1966, Abertura 2001 e 2014.

O triunfo por 1-0 na receção ao Godoy Cruz, com golo de Ricky Centurión, foi o epílogo de um percurso inicialmente atribulado (três derrotas nas seis primeiras jornadas), mas consolidado com categoria durante os últimos meses.



No plantel campeão da Argentina, três nomes se destacam dos restantes.

O veterano Diego Milito, ex-Inter Milão, fez seis golos em 17 jogos no regresso à Argentina; Leandro Grimi, antigo lateral do Sporting (2007 a 2011) foi o dono do lado esquerdo da defesa e também fez 17 jogos; Wason Renteria, ponta-de-lança com passagem por FC Porto e Sp. Braga, esteve em duas partidas do Racing.

O homem do momento é, porém, Cocca. O técnico, ainda jovem, teve uma longa carreira como defesa (River Plate, Lérida, Argentinos Juniors, Atlas, Queretaro, Banfield…), mas está a ter como treinador o reconhecimento que nunca teve como atleta.

O Racing é o sexto projeto de Cocca como técnico, depois de passagens por Godoy Cruz, Gimnasia, Santos Laguna, Huracán e Defensa y Justicia.
 
«A celebração foi impressionante. Nunca vi tanta gente junta no Obelisco, só a festejar. Todos queriam cantar, a festa foi espetacular», disse Cocca, reportando-se à noite de intensos festejos em Buenos Aires.

«Este é o caminho, temos de seguir em frente. O jogo contra o Newell’s, que não ganhamos, foi o ponto de viragem. Aí percebemos que o grupo era extraordinário e estava cheio de fome pelos títulos».

Diego Cocca salientou o papel de Diego Milito e do guarda-redes Sebastian Saja. «Facilitaram-me muito as coisas. Foram fundamentais».