O ex-ciclista norte-americano Lance Armstrong, irradiado da modalidade e desapossado dos sete títulos do Tour de França devido a doping, acusou Hein Verbruggen, presidente da União Ciclista Internacional em 1999, de ocultar um teste positivo nesse ano.

Em entrevista ao jornal britânico Daily Mail, o texano de 42 anos revelou que, após a sua primeira vitória no Tour, teve uma análise positiva de corticosteroides e o assunto foi resolvido por Verbruggen.

«Não sei se foi um teste positivo, mas foram encontrados vestígios. Não me lembro exatamente quem estava presente naquele momento, mas o Hein [Verbruggen] disse que isto seria um grande problema, um golpe duro no desporto um ano após o caso Festina, por isso não se podia descobrir isto», contou Lance Armstrong.

No passado, o antigo presidente da UCI, que ocupou o cargo entre 1991 e 2005, tinha negado qualquer envolvimento e encobrimento no caso de Lance Armstrong.

«Não vou proteger as pessoas por causa da forma como me trataram. Isso é ridículo. Não tenho qualquer lealdade para com essas pessoas. Eu não vou mentir para proteger os outros, não gosto dessas pessoas. Eles atiraram-me para o pântano», frisou o texano.

A UCI e o seu presidente Brian Cookson apoiaram em setembro a criação de uma comissão independente para investigar a atuação do organismo durante o caso Lance Armstrong.