A ascensão do Arouca tem sido fulminante, uma vez que ainda em 2007 estava nos distritais. Somou duas subidas de divisão consecutivas, passou dois anos na II Divisão, e subiu então à Liga de Honra, onde completou a terceira época. Este domingo juntou-lhe mais um degrau, continuando a fazer história.

O sonho do empresário Carlos Pinho, presidente há sete anos, tornou-se finalmente realidade. O homem a quem muitos terão apelidado de utópico será o mais feliz dos pouco mais de 3000 habitantes da vila situada entre o Douro e o Vouga, conhecida pela carne de vaca arouquesa, a farta gastronomia conventual, ou pelos percursos de evasão pela Serra da Freita.

O Futebol Clube de Arouca, assim designado pela filiação ao F.C. Porto, foi fundado no Natal de 1951 e pertence à Associação de Futebol de Aveiro. Começou a dar nas vistas mais recentemente, quando empreendeu a subida progressiva no mapa futebolístico nacional.

Enquanto não chegava à Liga principal, a equipa foi somando proezas na Taça de Portugal. Em Outubro de 2008 os arouquenses, então na II Divisão, eliminaram o Marítimo, vencendo por 3-1 nos penalties, depois do nulo no final da etapa regulamentar.

Depois da entrada no futebol profissional, voltaram a fazer das suas esta época. Deixaram pelo caminho o sensacional Rio Ave (2-1, após prolongamento) e atingiu pela primeira vez na sua história os oitavos de final da prova, na qual soma oito presenças.

Nessa fase, continuou com sinal verde. Diante da equipa da capital de Distrito, o Beira Mar, novo triunfo, pelo mesmo resultado, mas agora dentro dos 90 minutos regulamentares. Mais um feito inédito, apenas terminado pelo imparável Belenenses, nos quartos de finais. Ficou o recorde. Era o feito mais significativo da história do clube. Até este domingo.

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