O treinador do Arouca, Armando Evangelista, em declarações na conferência de imprensa após a derrota frente ao Boavista (2-1), em jogo da sexta jornada da Liga:

[Exibição] «Tenho de estar satisfeito pelo que a equipa produziu em inferioridade numérica por duas vezes. Pelo que fizemos, é inequívoco o que procurámos neste jogo e tenho a certeza de que, não fosse esse fator, estaríamos a falar de uma vitória do Arouca. Mesmo com nove, conseguimos ter finalizações na cara do guarda-redes e não deixar o adversário jogar.

[Espírito de equipa] Sabemos que, no Arouca, temos de trabalhar mais durante a semana e nos jogos, gastar mais horas do que grande parte das equipas da Liga para equilibrar o que seja. Em grande parte do jogo de hoje, não se notou a inferioridade numérica. Cada um dos jogadores teve o espírito certo, sabiam que tinham de dar algo mais ao jogo para colmatar a ausência dos colegas. Foi o que fizeram, são jogadores sérios. Por vezes, dá-me vontade de dizer que é necessário uniformizar os critérios (de arbitragem) que temos. Fico triste. Dá a sensação de que os critérios aplicados não são uniformes para todas as equipas.

[Estratégia no meio-campo] O David Simão e o Alan Ruiz tiveram recuperações de bola como nunca e juntam a isso critério na saída. Tiveram a capacidade de recuperar, segurar a bola, tirá-la da zona do conflito. Foi dessa forma que fizemos um golo, que criámos o que criámos. Com o desenrolar do tempo, a fadiga física notou-se, daí ter mexido nesses dois elementos. Os que entraram, entraram muito bem. Pena foi que tenhamos saído deste jogo sem pontos.

[Arbitragem] Não ponho em causa os vermelhos, mas o critério aplicado ao longo do jogo. Simulações são amarelos. Depois, um jogador ganha a frente na área, é tocado no pé, cai e manda-se seguir. Houve faltas grosseiras em que se deu lei da vantagem, mas não se mostrou amarelos.»