O Arsenal conta armas para a recepção ao F.C. Porto, agendada para as 19h45, num Emirates Stadium que contará com cerca de 60 mil pessoas. Lotação máxima, como tal, uma onda vermelha com manchas azuis. Pelas ruas, mais de dois mil dragões. O Maisfutebol acompanhará todas as incidências da partida.
Na antecâmara do encontro decisivo, desconfie-se da esmola generalizada na imprensa britânica. É Fabregas que falta, Gallas também, Bendtner não acerta na baliza nem que a sua vida dependa disso. Nasri é artista que chegue, mas vejam lá, até chegou atrasado ao autocarro no último encontro e teve de apanhar um táxi.
Tudo serve para retirar pressão ao Arsenal. A estratégia percebe-se à distância, Arsène Wenger dá uma ajuda. Dessa forma, uma vitória frente ao F.C. Porto seria quase como vencer a Liga dos Campeões. Uma tarefa hercúlea, frente a um adversário recheado de estrelas e na máxima forma.
Nada disso. Há mais Arsenal para lá de Fabregas. Jesualdo Ferreira também aguentou as saídas de Ricardo Quaresma, Lucho González, Lisandro López ou o rapto de Hulk. E o Porto continuou a ser Porto.
Se o Arsenal estivesse tão preocupado com o F.C. Porto, saberia por exemplo que Fernando está lesionado. Mas não. Está no dossier de apresentação do encontro, entregue há momentos aos jornalistas. «Alto, forte e bom na posse da bola», descrevem os ingleses. Bruno Alves e Hulk merecem uma chamada de atenção.
Nas imediações do recinto, convívio sereno entre britânicos e portugueses, num dia cinzento à moda de Londres, um vento que congela o espírito. Não há chuva, ainda assim. Tudo o resto são detalhes de circunstância. É hora de jogar futebol. Nada mais importa. 2-1 a favor do Porto, a história a favor do Arsenal. Soltem-se as feras.