Leonardo Jardim assumiu esta quarta-feira satisfação por continuar a orientar o campeão francês AS Mónaco. Com contrato estendido até 2020, o técnico português sublinha que há outras metas a atingir no longo prazo, além dos títulos.

«Eu estou no projeto do Mónaco, em que todos conhecem os seus valores e objetivos. Tinha mais dois anos de contrato, o clube renovou por mais um, fiquei com mais três anos. É um projeto a longo prazo e não a curto. Não é um projeto para ser todas as vezes campeão, é para formar jogadores, jogar bom futebol e, se possível, ganhar títulos», afirmou, à margem da homenagem recebida na Câmara Municipal de Santa Cruz, na Madeira.

Sobre a última temporada, o treinador de 42 anos enumerou alguns dos passos mais importantes na recuperação de um troféu que já escapava há 17 anos. «Não éramos favoritos, éramos uns ‘outsiders’. Mas este ano conseguimos construir uma equipa mais forte. Mantivemos o esqueleto da equipa, reforçámos a linha defensiva e fizemos voltar o [Radamel] Falcao, o que permitiu um aumento de qualidade na equipa e nos deu a possibilidade de sermos campeões e de chegarmos às meias-finais da Liga dos Campeões», salientou em declarações citadas pela Agência Lusa.

O preço do sucesso já começou a abalar o principado monegasco. Bernardo Silva já saiu para o Manchester City e o nome de Kylian Mbappé tem sido dos mais falados no mercado de transferências. Nada que diminua a confiança de Jardim. «O Mónaco é um projeto em que sabemos que vai haver saídas todos os anos, vai haver a aquisição de jovens jogadores desconhecidos. Faz parte do meu trabalho e já formámos alguns desconhecidos para serem figuras do futebol internacional», concluiu.