O presidente da Mesa da Assembleia Geral (AG) do Sporting, Jaime Marta Soares, revelou esta sexta-feira que vai manter a realização da AG destitutiva marcada para 23 de junho, apesar do anúncio feito pelo Conselho Diretivo.

Recorde-se que o Conselho Diretivo anunciou a decisão de «substituir a Mesa demissionária da Assembleia Geral e respectivo presidente, através da criação de uma Comissão Transitória da Mesa da Assembleia Geral», e informou que não se realizaria a AG marcada.

Marta Soares, em declarações à Sport TV, afirmou que esta decisão do Conselho Diretivo se trata de uma «ilegalidade gravíssima».

«Tudo isto que o conselho diretivo está a fazer é um assalto ao poder, ilegal, sem qualquer sustentação estatutária, à revelia de todas as regras, e por isso vai ter, com certeza resultados negativos», disse Marta Soares, frisando que «o Sporting é uma instituição de utilidade pública, que tem regras bem definidas, e tem os seus estatutos e regulamentos aprovados em Assembleias Gerais e são estes que têm e vão ser respeitados».

«Vamos continuar a manter o estrito cumprimento das nossas decisões com base nos estatutos, respeitando a vontade dos sócios, que nos foi transmitida com a marcação de uma AG para o próximo dia 23, que mantemos, e cuja ordem de trabalhos é ouvir o que tem para dizer o senhor presidente e a destituição do conselho diretivo. Isto é que é respeitar os estatutos, a lei, o bom senso dos sócios», garantiu.

Questionado sobre se, pela falta de apoio do conselho diretivo, haverá condições para a realização da AG, afirmou: «Quem tomar as atitudes de boicotar a AG tem que assumir a responsabilidade».

Marta Soares admitiu a possibilidade de enveredar pela via judicial para resolver a situação.

«Se porventura não conseguirmos, a bem, com palavras, com sentido da responsabilidade, do respeito das competências de cada um, se tivermos que ir por esse caminho, é porque somos obrigados a faze-lo, com total responsabilidade do conselho diretivo».