[artigo atualizado]

A Assembleia Geral Extraordinária do Benfica, realizada nesta sexta-feira, na Luz, aprovou, por larga maioria, a constituição de uma comissão independente de associados para organizar uma audição à utilização do voto eletrónico nas últimas eleições, assim como um processo de esclarecimento relativo à verificação dos talões de voto depositados em urna.

Mas o ponto 4 da ordem de trabalhos foi aquele que mais discussão gerou, uma vez que estava em causa a votação (ou não) de um Regulamento Eleitoral para as próximas eleições de 9 de outubro.

Vamos por partes.

No primeiro ponto da ordem de trabalhos os associados votaram, por larga maioria, que os restantes pontos seriam discutidos por voto físico, e foi essa forma que acabou aprovada a tal constituição da comissão independente para a auditoria.

Francisco Benítez, do movimento «Servir o Benfica», que esteve na origem da marcação da Assembleia Geral Extraordinária, usou da palavra. Candidato já assumido às próximas eleições, fez questão de cumprimentar Rui Costa no final da sua intervenção, já depois de ter manifestado a intenção de debater com o agora presidente da direção, no contexto do ato eleitoral.

Noronha Lopes, candidato derrotado nas últimas eleições, também usou da palavra na Assembleia Geral Extraordinária, já perto da meia-noite, e pediu ao presidente da Mesa da Assembleia Geral que fosse votado o Regulamento Eleitoral, algo que António Pires de Andrade rejeita.

Esse ponto da ordem de trabalhos gerou enorme discussão, já que o movimento «Servir o Benfica» defendia que o Regulamento Eleitoral deveria ser votado, mas a convocatória falava apenas em «discussão e apreciação».

A Mesa da Assembleia Geral, liderada por António Pires de Andrade, entende que a definição do Regulamento Eleitoral é da competência da direção.

Rui Costa acabou por falar já perto da uma hora da madrugada, e informou que a direção deseja que o voto físico seja contemplado nas próximas eleições. Relativamente à votação (ou não) do Regulamento Eleitoral, defendeu que essa era uma decisão da competência da Mesa da Assembleia Geral.

Muitos associados aproveitaram esse momento para voltar a reivindicar uma votação do Regulamento Eleitoral, mas tal não sucedeu, embora já antes tivesse sido improvisada uma votação espontânea por parte da audiência.