A contrastar com a alegria de lhe ter sido dada uma segunda vida, Miguel García recebeu uma notícia triste (ainda que esperada): o médio do Salamanca, que sofreu um ataque cardíaco no jogo com o Bétis, vai ter de deixar o futebol.

O jogador de 31 anos soube da notícia na manhã desta segunda-feira, pela voz dos médicos do hospital que o acolheu, e na presença do clínico do clube e pelo director desportivo. «Perante o que viveu, não voltar a jogar é um mal menor», explicou o dirigente, Baltasar Sánchez, citado pela agência EFE. García recebeu a informação com «dor, mas também resignação».

A situação do jogador do Salamanca é estável. Miguel García deve mesmo abandonar a Unidade de Cuidados Intensivos nas próximas horas. Durante a manhã desta segunda-feira fez alguns exames complementares e recebeu a visita de vários colegas. O susto parece estar ultrapassado, mas no Estádio Helmántico chegou a temer-se o pior. José Ignacio Garrido, médico do Salamanca, disse mesmo que o jogador esteve morto durante 25 segundos. «Mais três minutos e teria sofrido danos cerebrais», afirmou ainda Tomás Calero, médico do Bétis.

Este é o sexto caso do género em Espanha, nos últimos três anos. Dani Jarque (Espanhol), Antonio Puerta (Sevilha) e Jordi Pitarque (Réus) acabaram mesmo por falecer. De la Red (Real Madrid) e Sérgio Sánchez (Espanhol) tiveram de terminar a carreira bem cedo.

Recorde os momentos de aflição em Salamanca: