O Atlético Madrid, com os oitavos de final à vista, não conseguiu acompanhar a Juventus no Grupo D e perdeu em Leverkusen diante do Bayer que somou os primeiros pontos nesta fase de grupos. Uma oportunidade desperdiçada pela equipa de Diego Simeone que começou a perder com um golo patético de Thomas na própria baliza e nunca mais se conseguiu levantar. Morata ainda marcou nos descontos, pelo quinto jogo consecutivo, mas os colchoneros regressam a casa sem pontos.

FICHA DO JOGO

Apesar da má temporada, com apenas uma vitória nos últimos sete jogos, o BayArena vestiu-se de gala para a receção aos colchoneros, com mais de trinta mil adeptos nas bancadas e um ambiente espetacular a servir de moldura a este jogo. Diego Simeone, além de João Félix, não pôde contar com Savic e Giménez, também com problemas físicos, mas montou uma equipa para atacar a qualificação para os oitavos de final, com Correa, sobre a direita, e Saúl, no lado contrário, no apoio a Morata e Diego Costa.

No entanto, impulsionados pelos seus adeptos, foi o Bayer que entrou melhor no jogo, com um forte caudal ofensivo a obrigar o Atleti a recuar em toda a linha para junto da sua área. Apesar da extrema pressão, os alemães, tirando um remate de Volland, só conseguiam criar perigo em lances de bola parada, principalmente nos pontapés de canto.

Foi assim que o Bayer esteve perto de marcar, aos 38 minutos, quando Felipe antecipou-se a Oblak e desviou de cabeça, levando a bola à barra. Um prelúdio para o que vinha aí. Novo canto, confusão na área do Atlético, Oblak afasta com os punhos, os alemães insistem e Thomas Partey, na zona de grande penalidade, acaba por desviar, de cabeça, para as próprias redes, deixando os companheiros atónitos. De facto, foi um golo surreal do jogador ganês.

Os adeptos do Bayer voltaram a festejar, como já tinham aliás festejado ao longo da primeira parte, devido a uma avaria no marcador eletrónico que chegou a mostrar 3-0 e 4-0, para delírio dos adeptos do Bayer, a favor da equipa alemã.

O Atlético voltou para a segunda parte com o mesmo onze, mas com o bloco bem mais adiantado, procurando fixar o jogo junto à área do Bayer. Um movimento até feito com algum sucesso, mas também de alguma forma consentido pelos alemães que agora, mais do que nunca, exploravam as transições rápidas. O Atlético pressionava, ameaçava o empate, mas sempre com sobressaltos, cada vez que um alemão escapava à rede montada pelos colchoneros.

A segunda parte ainda não tinha chegado aos dez minutos quando o Bayer aumentou a vantagem para 2-0, na sequência de um erro clamoroso de Hermoso que falhou um alívio e permitiu a Volland rematar para o segundo golo do Bayer.

Simeone já tinha lançado Lemar e lançou ainda Vitolo e Herrera procurando abanar a sua equipa que à imagem de toda a temporada, revela extremas dificuldades para colocar a bola na baliza adversária. Morata ainda o conseguiu, mas estava em posição irregular e não valeu. Mais perto do golo esteve o Bayer com novo desvio traiçoeiro de Thomas, com Oblak a resolver sobre a linha. Na sequência do mesmo lance, um canto para o Leverkusen e um enorme sururu na área, com o árbitro a resolver com cinco amarelos consecutivos.

O Bayer parecia estar mais perto do terceiro, particularmente nos pontapés de canto que resultaram sempre em forte ameaça para as redes de Obak. O jogo seguiu tenso até final e a equipa da casa acabou mesmo reduzida a dez, com a expulsão de Nadiem Amiri, com vermelho direto, depois de uma entrada dura sobre o ex-sportiguista Santiago Arias.

Já em tempo de compensação, Morata reduziu a diferença e, logo a seguir, viu Hradecky negar-lhe o golo do empate.

Com este resultado, o Bayer soma os primeiros pontos no Grupo D, enquanto o Atlético continua com 7, ainda ao alcance dos alemães e do Lokomotiv Moscovo, ambos com 3, com a Juventus, com 10, já com um lugar nos oitavos garantido.