Gratidão e orgulho. É isso que Hulk sente ao recordar a passagem pelo FC Porto. Em entrevista ao AS, o internacional brasileiro recorda que teve a oportunidade de escolher entre os dragões e o Atlético de Madrid, e entende ter feito a escolha certa.

«Em termos de visibilidade no mundo do futebol, do nome que tenho, reconhecido e respeitado em todo o mundo, o FC Porto foi a minha “porta de entrada”. Comecei a jogar no Vitória e depois fui para o Japão. Cheguei ao Porto com 22 anos, e estive num dos maiores palcos em que joguei. Era pouco conhecido, e em pouco tempo consegui conquistar o meu espaço no clube e no futebol português. Jogar a Liga dos Campeões e fazer história no FC Porto. É muito gratificante estar na história de uma instituição com mais de 120 anos, que no museu tem o melhor onze de sempre, e eu ser o mais votado. Está lá uma estátua minha!», afirmou.

Questionado se teve a oportunidade de jogar no futebol espanhol, Hulk recuou a 2008: «Quando fui para o FC Porto tinha duas propostas. A outra era o Atlético de Madrid. Escolhi o FC Porto por causa de um episódio, da passagem anterior por Portugal: em 2001 ou 2002 o motorista do clube em que estava, o Vilanovense, levou-me a ver um jogo do FC Porto. Era da Taça UEFA ou Liga dos Campeões. Entrei no Estádio das Antas e estava cheio. Vi esse cenário maravilhoso, lindo, e virei-me para o Sr. Artur e disse-lhe que um dia jogaria ali e faria história. Quando recebi a proposta recordei esse momento. Quando voltei já era o Estádio do Dragão, mas estava escrito. O Atlético de Madrid é uma equipa respeitada mundialmente, muito grande, mas fiz uma boa escolha», respondeu.

Relativamente a um eventual regresso à Europa, Hulk mostrou-se pouco inclinado para essa possibilidade, embora sem fechar a porta por completo.

«É uma pergunta difícil. No futebol passa tudo muito rápido. Estou no At. Mineiro há oito meses e parece que cheguei ontem. Temos de desfrutar ao máximo. Estou muito feliz, não o posso negar. Estou satisfeito. É muito gratificante voltares ao teu país ao fim de 16 anos e fazeres um bom trabalho no clube que te abriu as portas, com a grandeza que tem o Atlético. O que posso dizer é que, hoje em dia, não me vejo noutro clube que não seja o Atlético. Nunca se sabe o dia de amanhã, mas no Brasil, até pela forte ligação que criei com o clube e com os adeptos, não me vejo a jogar noutro emblema», garantiu.